A Comissão Nacional da Saúde deu conta de 20.472 contágios em 24 horas, o que supera os números do primeiro surto da pandemia detetado há dois anos na cidade de Wuhan, na região central do país.
Mas ao contrário do que aconteceu em 2020, a maioria dos casos registados atualmente é de pacientes assintomáticos e as autoridades de saúde não informaram nenhuma morte provocada pela COVID-19 nesta quarta-feira.
Desde que conseguiu conter o primeiro foco da doença em Wuhan, a China aplica uma estratégia de 'covid zero', o que inclui confinamentos direcionados, testes em larga escala e severas restrições às viagens internacionais, o que resultou em números de contágios reduzidos.
Mas desde março, os casos não param de aumentar e alcançaram milhares por dia nas últimas semanas devido à presença no país da variante contagiosa ómicron.
Os números de contágios são pequenos em comparação com a maioria dos países do mundo, especialmente tendo em consideração o tamanho da população, mas provocam questionamentos sobre a estratégia 'covid zero' da China, um dos poucos países a manter esta abordagem.
Mais de 80% das novas infeções no país foram registadas em Xangai, a cidade mais populosa e de maior poder económico da China, anunciaram as autoridades municipais nesta quarta-feira.
A metrópole de 25 milhões de habitantes entrou em confinamento por fases na semana passada que provocou cenas de pânico nos supermercados e testes em larga escala em algumas zonas residenciais.
As instalações para isolar os infetados continuam a receber novos casos e as autoridades mantêm os rígidos protocolos de saúde, que incluem a separação de bebés que testam positivo dos seus pais, caso estes apresentem resultado negativo.
Um alto funcionário da prefeitura de Xangai admitiu que a cidade não estava suficientemente preparada para o surto de COVID-19.
O mal-estar na população aumenta pela falta de alimentos e a restrição de deslocamentos com a prorrogação do confinamento.
O surto de covid afeta a economia e analistas já reduziram as previsões de crescimento do país devido ao fechamento de fábricas e ao confinamento de milhões de consumidores.
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