"Os dois últimos meses foram uma experiência muito dolorosa e não podemos nos dar o luxo de esperar", disse à imprensa Gabriel Leung, que dirige uma equipa de cientistas que trabalham sobre o vírus.
Na segunda-feira, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou uma flexibilização das restrições a partir de 1 de abril - principalmente nos voos internacionais e na duração da quarentena na chegada ao território -, mas se negou a dar um caminho para pôr fim à crise.
Desde janeiro, Hong Kong sofre de um surto sem precedentes da variante ómicron, altamente contagiosa.
Leung, decano da faculdade de medicina da Universidade de Hong Kong, é um especialista do governo a quem Lan recorre regularmente e, nesta terça-feira, pediu para que a COVID-19 fosse tratada como uma doença endémica e que os esforços fossem concentrados na vacinação, sob o risco de que Hong Kong seja um "porto fechado para sempre".
Um enfoque que se distanciaria da estratégia de "zero COVID" na China, cujo presidente Xi Jinping recusou, na semana passada, flexibilizar restrições, preferindo confinar dezenas milhares de pessoas.
A equipe de Leung calcula que cerca de 4,4 milhões de pessoas de Hong Kong, uma das cidades mais povoadas do mundo, ou seja, 60% da população, foi contaminada desde que começou a quinta onda da ómicron.
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