“Entrei às 09:30 e estou a sair às 10:55”, conta à agência Lusa Célia Gomes, a quem hoje foi administrada a segunda dose da vacina.
Após uma hora de espera, acrescida dos habituais 30 minutos após a administração da vacina, esta cidadã diz que, aquando da primeira dose, “o centro funcionou melhor”, já que tinha marcação às 09:16 e saiu às 09:45.
Já André Silva, que vem “preparado para esperar”, está há meia hora na fila de espera, depois de ter agendado a vacina para as 10:34 e de ter chegado perto dessa hora.
Renato Inácio, com marcação para as 11:00, para a segunda dose, optou por chegar “mais cedo porque já sabia que ia atrasar-se”, mas não evitou a espera na longa fila formada, onde já está há 20 minutos e ainda tem igual extensão da fila para percorrer.
Com agendamento da primeira dose para as 10:33, Carla Basílio está “há meia hora à espera na fila”. Ainda assim, diz que “já vinha a fazer conta de demorar”.
Nuno Oliveira chegou à fila para a vacinação às 10:10 quando só tinha a vacina agendada para as 10:44 e aguarda há 40 minutos. “Já vinha a fazer conta, é muita gente”, refere.
“Está bastante desorganizado e nesta fila só entro lá para as 12:00”, queixa-se Sandra Silvestre, que chegou às 10:00, quando tinha agendamento para as 11:10.
Carlos e Lúcia Teles chegaram mais cedo quando iriam ser vacinados às 11:30. Apesar de, na primeira vez, ter sido “mais rápido”, compreendem que “está a vir muita gente sem marcação, o que cria confusão”, mas “já sabiam que ia demorar” e “não estão nada impacientes”.
No exterior do centro de vacinação, formam-se duas filas: uma para cada tem marcação dentro da meia hora seguinte e outra para quem chega mais de meia hora antes da sua.
Na terça-feira, o coordenador da estrutura que coordena a logística da vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, apelou para que os horários de cada centro de vacinação sejam respeitados, de modo a diluir o fluxo de utentes a vacinar nas várias modalidades disponíveis.
“Nos últimos dias, um significativo número de utentes sem agendamento dirigiu-se a alguns centros de vacinação covid (CVC) para serem vacinados nas modalidades ‘casa aberta’ e antecipação da segunda dose da vacina AstraZeneca, sem respeitarem horários estipulados por cada” uma destas estruturas, adiantou a ‘task force’.
A equipa que gere a logística da vacinação em Portugal continental solicitou que “todos os utentes respeitem os horários estabelecidos, quer no agendamento por mensagem SMS e telefonema, quer para as modalidades ‘casa aberta’ e de antecipação da segunda dose da AstraZeneca, definidos para cada CVC”.
Na segunda-feira, o vice-almirante afirmou que a possibilidade de longas filas nos centros de vacinação era expectável devido ao aumento do ritmo do processo, mas reconheceu que é um problema que terá de ser resolvido.
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