O país registou um novo recorde histórico de mais de 11.000 casos nas últimas 24 horas, incluindo um novo recorde de mais de 2.500 casos associados à variante Ómicron do novo coronavírus, divulgou o Governo dinamarquês numa conferência de imprensa.

“Teatros, cinemas e salas de espetáculos terão de encerrar”, afirmou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

“Precisamos limitar a nossa atividade. Todos devemos limitar os nossos contactos sociais”, sublinhou.

A Dinamarca, na vanguarda em matéria do sequenciamento genómico, é um dos países do mundo que mais detetou casos da variante Ómicron no respetivo território.

As autoridades dinamarquesas anteveem que esta variante se torne predominante nos próximos dias.

As medidas anunciadas hoje ainda não foram aprovadas pelo parlamento.

“O nosso objetivo continua a ser manter a sociedade o mais aberta possível”, disse Mette Frederiksen, excluindo um eventual confinamento, como o ocorrido na primavera de 2020, “porque existem as vacinas”.

O Governo dinamarquês também exigirá o encerramento de outros locais que potenciam aglomerações de pessoas, como parques de diversões, centros de convenções ou mesmo museus.

As férias escolares de Natal foram prolongadas para tentar conter o aumento de casos, com o executivo a prever o regresso às aulas para 05 de janeiro.

A vida noturna, já visada com medidas na semana passada, será ainda mais restritiva, com bares e restaurantes a encerrarem às 23:00, com uma proibição de servir bebidas alcoólicas a partir das 22:00.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.