Portugal regista esta quarta-feira mais 40.945 casos de COVID-19 e 20 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.181 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.734.343 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 33.482 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.438.268 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região do Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 37,4% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.079 (+14), seguida do Norte com 5.828 óbitos (+5), Centro (3.389, = ) e Alentejo (1.097, = ). Pelo menos 602 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 132 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 54 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.635 doentes internados, mais 71 do que ontem, e 167 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 14 face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 276.894 casos ativos da infeção em Portugal — mais 7.443 do que ontem — e 236.992 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 12.262 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 687.850 (+15.293), seguida da região Norte (631.938 +15.943), da região Centro (234.562 +4.850), do Algarve (68.483, +1.241) e do Alentejo (58.404 +1.133). Nos Açores existem 15.770 casos contabilizados (+439) e na Madeira 37.336 (+2.046).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 3.615,9 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 3.204,4 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,23, inferior aos 1,24 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,23. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.416 registadas (+14) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.171, +4), entre 60 e 69 anos (1.766, +1) entre 50 e 59 anos (562, =), 40 e 49 anos (195, +1) e entre 30 e 39 anos (50, =). Há ainda 15 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.091 são do sexo masculino e 9.090 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 294.491 infeções (+7.367), seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 292.069 (+7.581), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 267.007 (+6.884). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 239.431 reportadas (+6.029). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 190.538 (+4.928), entre os 60 e os 69 anos soma 152.191 (+2.987) e a dos 0-9 anos tem 118.527 infeções reportadas (+3.128) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 90.362 infeções (+899) e dos 70 aos 79 anos, com 89.727 casos (+1.528).

Desde o início da pandemia, houve 813.989 homens infetados e 918.462 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.892 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Vacinas aprovadas na UE dão “elevado nível de proteção” contra Ómicron

As vacinas contra a covid-19 aprovadas na União Europeia (UE) fornecem “elevado nível de proteção” - 70% após duas doses e 90% após reforço - contra a variante Ómicron, divulgou a Agência Europeia de Medicamentos, falando numa variante menos grave. Em comunicado, o regulador da UE assinala que estudos recentes “mostram que a vacinação continua a proporcionar um elevado nível de proteção contra doença grave e hospitalização ligadas à variante [de preocupação] Ómicron” do coronavírus SARS-CoV-2.

“As últimas evidências (provas), que incluem dados de eficácia no mundo real, sugerem também que as pessoas que tiveram uma dose de reforço estão mais bem protegidas do que aquelas que apenas receberam o seu curso primário” de vacinação, especifica a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

De acordo com o organismo, estudos clínicos realizados na África do Sul indicam que as pessoas que receberam duas doses de vacina contra a covid-19 (como as quatro aprovadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e J&J) têm “até 70% de proteção para a hospitalização” em casos de infeção relacionados com a variante Ómicron.

Resultados semelhantes vêm de estudos clínicos realizados no Reino Unido, que dão conta de uma perda da proteção “alguns meses após a vacinação”, que pode ser colmatada com a dose de reforço, que faz subir esta percentagem para os 90%, acrescenta a EMA.

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