“É uma operação que envolve três ministérios, o da Defesa, Segurança Social e da Saúde, que envolve 21 corporações, 30 ambulâncias, um autocarro e 64 utentes”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.
Pelas 09:00, um autocarro estacionou junto à Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), localizada no centro da cidade, onde serão transportados os utentes não infetados para o hospital militar de Braga, que está entregue à Cruz Vermelha Portuguesa.
Os restantes 11 idosos, testados positivos para covid-19, vão ser encaminhados para o hospital militar do Porto.
Há já dois outros utentes internados no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
“Foi a solução possível, a solução que julgo que garantirá que os utentes ficam bem, bem acompanhados, bem tratados, monitorizados. Cada dia é uma batalha de uma guerra contra a covid-19”, afirmou o autarca.
A evacuação do lar irá ser feita ao longo do dia.
“Estamos a falar de doentes alguns deles acamados, estamos a falar de doentes alguns que têm covid-19, estamos a falar de pessoas que precisam de todo o cuidado para que não corram qualquer risco neste processo”, salientou.
Todos os operacionais envolvidos na operação estarão devidamente equipados com os fatos de proteção.
Segunda a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, para este processo foram mobilizados 60 operacionais e 38 viaturas.
A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Marão e Douro Norte determinou na terça-feira o isolamento de todos os casos positivos detetados neste lar, designadamente 13 utentes e sete funcionários.
Determinou ainda o isolamento profilático dos restantes 59 utentes e 50 profissionais, incluindo um funcionário que aguarda resultado do teste que foi realizado pelo INEM.
Segundo Rui Santos, só foram testados os que apresentavam sintomatologia e estiveram em contacto com o primeiro caso positivo, que foi detetado no domingo.
Precisamente por causa da cadeia de contacto identificada no Lar da Nossa Senhora das Dores, o município acionou na terça-feira o plano de emergência municipal.
A autarquia explicou que esta ativação decorre essencialmente da “necessidade de aprofundar a articulação entre as várias entidades com um papel na pandemia de covid-19 e de centralizar a informação sobre todas as questões relacionadas com o combate”.
O autarca disse à Lusa que o plano municipal de emergência vai-se manter ativo, “sempre à espera de que possam surgir problemas a que seja necessário socorrer e resolver”.
Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 302 novos casos em relação a segunda-feira (mais 14,7%).
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