Questionado sobre a adequação das medidas anunciadas na terça-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, para tentar controlar os contágios e a disseminação da variante Ómicron, Jerónimo de Sousa respondeu que “a melhor prova do pudim é comê-lo”.

No entanto, o dirigente comunista considerou que cada vez que há um agravamento da pandemia o Governo anuncia “medidas restritivas como se isso resolvesse tudo”, quando, na ótica do partido, “são precisas medidas de fundo”.

A “semana de contenção” – que começa às 00:00 de 25 de dezembro e até ao final da primeira semana de janeiro – tem de ser acompanhada por medidas para ajudar, por exemplo, as famílias “que têm de ficar em casa com os filhos”.

“Neste caso concreto consideramos fundamental que nesta situação tão especial que, além da covid-19, que não se criem outros problemas, designadamente de origem social, porque um casal que vai ter de ficar em casa a tratar dos filhos, naturalmente, vai ter consequências na realização do seu trabalho”, elaborou.

Em consonância com a posição assumida na terça-feira pelo membro do Comité Central do PCP Bernardino Soares, Jerónimo de Sousa rejeitou que as restrições sejam vistas como “consequências automáticas” de um agravamento da situação pandémica.