A FDA anunciou que reunirá o seu comité consultivo de vacinas a 26 de fevereiro para emitir a sua opinião após estudar dados de testes clínicos.
Se o pedido for aprovado, a Johnson & Johnson tornar-se-á a terceira farmacêutica - depois da Pfizer/BioNTech e Moderna - a receber autorização para distribuir a sua vacina nos Estados Unidos, país com mais mortes por coronavírus (450.800).
O processo pode levar algumas semanas enquanto a FDA avalia os dados de eficácia do composto, que apresenta vantagens logísticas, como o facto de exigir apenas uma dose e não precisar de ser armazenado em congeladores especiais.
"Após a autorização da nossa vacina experimental contra a covid-19 para uso emergencial, estamos prontos para começar a distribuição", disse o diretor científico da empresa.
A FDA está a convocar um comité consultivo para analisar dados de estudos clínicos que devem avaliar se os benefícios da vacina superam os riscos envolvidos no seu licenciamento.
A gigante farmacêutica divulgou na semana passada os primeiros resultados dos testes clínicos, que foram conduzidos em 44.000 pacientes em oito países.
A vacina mostrou eficácia de 66% com uma taxa de 85% na prevenção de quadros graves da doença. Porém, os dados mostraram que os testes foram mais eficazes nos Estados Unidos (72%) do que na África do Sul (57%), onde predomina uma estirpe diferente do vírus.
Ao contrário das vacinas da Pfizer e da Moderna, que são baseadas numa técnica inovadora de RNA mensageiro, a vacina da Johnson & Johnson usa um vetor viral enfraquecido para criar imunidade. Este é o mesmo processo usado pelas vacinas Sputnik e da AstraZeneca.
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