“Vamos realizar, a partir de amanhã [terça-feira], um teste em massa. Vamos tentar acabar de testar toda a população entre as sete da manhã e a meia-noite” (entre as 23:00 de hoje e as 16:00 de terça-feira em Lisboa), disse o diretor dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).
Em conferência de imprensa, Alvis Lo Iek Long explicou que o objetivo é terminar o teste antes da aproximação do ciclone tropical severo Nalgae, que deverá atingir o ponto mais próximo da cidade na quarta-feira.
Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau emitiram já o sinal 1 de alerta de tempestade tropical e disseram que existe uma probabilidade “moderada” de ser içado o sinal 8, na noite de quarta-feira.
Os SSM indicaram que as autoridades de Zhuhai detetaram um caso positivo de covid-19 num homem de 58 anos, já vacinado com três doses, que trabalha em Macau e vive na cidade vizinha.
“Não sabemos muito bem o percurso, a fonte ou a ligação aos anteriores casos. Poderá ter uma linha de transmissão oculta, o que aumenta o risco de transmissão”, sublinhou Alvis Lo.
A população de Macau, estimada em 677.300 pessoas, deve realizar um teste rápido de antigénio antes de se deslocar aos postos de testagem na terça-feira, devendo ainda usar uma máscara de proteção KN95, disse o dirigente.
Só quem já tiver feito um teste de ácido nucleico hoje estará isento da ronda de testes de terça-feira, acrescentou o diretor dos SSM.
“Vamos observar o resultado dos testes para saber se será necessário uma segunda ou terceira ronda de testes”, sublinhou Alvis Lo.
O Centro de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus tinha já anunciado no domingo que toda a população de Macau devia fazer um teste rápido para a covid-19, durante três dias consecutivos, para tentar “encontrar casos ocultos na comunidade”.
À exceção da escola secundária da Ilha Verde, no norte de Macau, onde estudam os filhos de uma mulher que testou positivo, as restantes instituições de ensino continuarão abertas, sublinhou Alvis Lo. “Vamos tentar manter o funcionamento normal da sociedade”, acrescentou.
Na quarta-feira, mais de 38 mil pessoas foram obrigadas a fazer um teste à covid-19, depois de ter sido detetado um caso positivo numa residente de 66 anos, levando ao encerramento de um prédio e ruas mais próximas.
Macau, que segue a política de casos zero imposta por Pequim, enfrentou em junho e em julho o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, com as autoridades a decretarem um confinamento parcial.
Desde o início da pandemia, a região administrativa especial chinesa registou seis mortes e mais de 2.500 casos, incluindo assintomáticos, de covid-19.
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