Segundo o jornal, que cita o relato feito pelo próprio Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de segurança "passou o domingo passado no Palácio de Belém, juntamente com o chefe de Estado, e tiveram contactos próximos em sítios fechados".

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo tinha começado por informar o Presidente da República de que poderia estar presente no debate, transmitido na RTP e que decorreu no Pátio da Galé (Lisboa), tendo mesmo sido enviado um email para a RTP com essa informação, na sequência dos dois testes negativos que Marcelo Rebelo de Sousa fez, após um primeiro positivo.

Na sequência desta alteração, o próprio Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se “muito irritado” com as autoridades de saúde por não ter recebido “por escrito, uma posição” sobre se podia ou não ir ao debate.

“Eu sinto-me muito irritado porque não me dão, por escrito, uma posição sobre se eu podia ir ao debate ou não. E, portanto, eu não tendo uma posição, esperei, esperei, a primeira posição era que eu podia ir, a segunda era que não, verbalmente, estou à espera de uma reunião, e, na dúvida, vim para casa, para fazer [o debate] de casa, não ia fazer de Belém. O debate não é com o Presidente da República, é com o candidato. O mínimo é haver uma resposta por escrito” das autoridades sanitárias, defendeu na terça-feira o chefe de Estado em declarações à RTP à chegada à sua residência, em Cascais, distrito de Lisboa.

O recandidato acrescentou que, por tudo isto, acabou por fazer o debate por videoconferência a partir da sua residência, em Cascais.

“Não sei bem como, tenho de improvisar, e depois tenho de ficar cá, não vou outra vez para Belém, tenho de ficar cá nos próximos dias, enquanto entenderem que devo ficar em isolamento”, prosseguiu o chefe de Estado.

Marcelo considerou “legítima a decisão” de permanecer em casa, já que o “Presidente tem de ser tratado como qualquer cidadão comum”, no entanto, “merece é uma resposta que diga se pode ir ou não pode ir” ao debate.