Portugal regista hoje 567 mortes associadas à COVID-19 e 17.448 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Relativamente a segunda-feira, há um aumento de 32 mortes (subida percentual de 6%) e de 514 casos confirmados (subida percentual de 3%).

No total, há já 347 recuperados, mais 70 que na segunda-feira, o que representa um crescimento de 25%.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 321 óbitos, seguida da região Centro (131), da região de Lisboa e Vale do Tejo (102) e do Algarve (9). Há quatro mortes contabilizadas nos Açores. No Alentejo e na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 1.227 doentes internados, mais 60 do que na segunda-feira, e 218 em unidades de cuidados intensivos, mais 30 que ontem.

Pelo menos 2.474 pessoas aguardam resultado laboratorial e 23.265 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 142.514 casos suspeitos, sendo que 17.448 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
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Das 567 mortes registadas, 370 tinham mais de 80 anos, 116 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 56 entre os 60 e os 69 anos, 18 entre os 50 e os 59 anos e sete óbitos entre os 40 aos 49 anos.

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Os dados da DGS, que se referem a 81% dos casos confirmados, precisam que o Porto é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, com 959 casos, seguido de Lisboa (946), Vila Nova de Gaia (884), Matosinhos (768), Gondomar (718), Braga (647), Maia (645), Valongo (507), Ovar (435) e Sintra (404).

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 10.302, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 3.994 casos, da região Centro (2.549), do Algarve (289) e do Alentejo, que hoje apresenta 155 casos.

Nos Açores, existem 100 casos confirmados e na Madeira 59, mantendo o número de casos reportados nos últimos dias.

Imagem do boletim da DGS
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A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (3.028), seguida dos 40 aos 49 anos (3.005), dos mais de 80 anos (2.638), dos 30 aos 39 anos (2.422) e dos 60 aos 69 anos (2.168). Os dados indicam também que há 1.626 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos.

Há ainda 290 casos de crianças até aos nove anos, 451 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 1.820 nas idades entre os 20 e os 29 anos.

Segundo a DGS, 54% dos doentes positivos para o novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 41% febre, 28% dores musculares, 26% cefaleia, 23% fraqueza generalizada e 16% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 80% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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De acordo com os dados do boletim da DGS, 168 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 123 de França, 75 do Reino Unido, 45 da Suíça, 46 dos Emirados Árabes Unidos, 29 de Itália, 32 de Andorra, 27 do Brasil, 20 dos EUA, 17 dos Países Baixos, 15 da Austrália, 18 da Argentina, nove da Bélgica, dez da Alemanha, oito da Áustria, seis do Canadá e quatro da Índia, quatro do Egito e quatro de Cabo Verde.

Esse boletim dá ainda conta de três casos importados na Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia, dois do Chile, dois do Chile, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia. Foram ainda importados um caso da Alemanha e Áustria e outro da Alemanha e Irlanda.

Há igualmente registo de um caso importado de países como África do Sul, Andorra e Espanha, Azerbaijão, China, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A China registou 89 casos de infeção pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas, incluindo três de contágio local na província de Guangdong, adjacente a Macau, informou hoje a Comissão de Saúde do país. A China iniciou testes clínicos em seres humanos de duas possíveis vacinas contra o novo coronavírus, informou esta terça-feira a imprensa local.

Os Estados Unidos contaram, em 24 horas, 1.509 mortos devido ao novo coronavírus, um número quase idêntico ao de domingo, indicou a Universidade Johns Hopkins. Assim, o número total de mortes desde o início da pandemia no país subiu para 23.529, sendo os Estados Unidos a nação mais atingida pela doença respiratória, de acordo com os dados de segunda-feira. Mais de 550 mil pessoas estão infetadas, referiram os centros de prevenção e de luta contra as doenças (CDC) norte-americanos.

Na Europa, Itália é o país mais afetado pela pandemia em termos de mortalidade. Itália atingiu ontem as 20.465 mortes, ao ter contabilizado 566 óbitos nas últimas 24 horas, um número superior aos 431 registados no domingo, divulgaram as autoridades italianas. O número diário de óbitos divulgado no domingo (431) pela Proteção Civil italiana tinha sido o mais baixo registo em três semanas.

Espanha registou, nas últimas 24 horas, 567 mortes devido ao novo coronavírus, um aumento em relação aos 517 de segunda-feira, havendo até agora um total de 18.056 óbitos, segundo as autoridades sanitárias.

A Alemanha voltou a registar um número de novos casos curados de COVID-19 (cerca de 3.600) superior ao número de novas infeções (2.082) nas últimas 24 horas, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI). No total, o país tem agora um total de 125.097 casos diagnosticados e 2.969 vítimas mortais, mais 170 que no dia anterior, e 68.200 pessoas consideradas curadas.

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