“Estamos numa luta contra o tempo entre a vacinação e a progressão da doença e isso faz com que seja necessário pedir a todos um esforço suplementar neste momento”, disse Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros.
A ministra sublinhou que o país se encontra, neste momento, “numa situação mais grave e cabe a todos procurar combatê-la”.
Segundo a ministra, 720.000 pessoas com mais de 60 anos ainda não têm, neste momento, a vacinação completa, faltando a segunda dose da vacina contra a covid-19.
“É por isso muito importante que este seja um período de controlo da pandemia”, disse, frisando que a expectativa do Governo, de acordo com as vacinas que estão disponíveis, é que a cada semana 320.000 pessoas completem a vacinação.
Mariana Vieira da Silva recordou os resultados de estudos que mostram que a efetividade das vacinas em relação à variante Delta têm uma boa resposta na vacinação completa, mas não com a primeira dose.
“Estamos a fazer essa antecipação e prevemos que no mês de julho essa vacinação esteja completa, antecipando todas as pessoas que tinham 12 semanas de intervalo para oito semanas de intervalo. Cada semana ganha significa que temos mais 320 mil pessoas com a vacinação completa”, sustentou.
A ministra da Presidência disse ainda que “a mensagem principal” que o Governo quer deixar neste momento passa pela “ideia de que querer ter a pandemia controlada para se ter tempo para vacinar progressivamente as pessoas, particularmente aquelas que são mais vulneráveis”.
Portugal registou nas últimas 24 horas duas mortes associadas à covid-19, 1.556 novos casos de infeções confirmadas, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo, uma diminuição nos internamentos em enfermaria e um aumento nos cuidados intensivos.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 17.079 pessoas e foram registados 869.879 casos de infeção.
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