O chefe de Estado levou domingo uma primeira dose de vacina e convidou os seus compatriotas a imitá-lo, anunciaram hoje os serviços da Presidência.
Fonte da presidência não quis especificar que marca de vacina o Presidente levou, referindo que o mais importante era o “sinal forte” de aposta na vacinação.
“A vacina continua a ser a melhor solução por enquanto” perante a Covid-19, afirmou Felix Tshisekedi à imprensa, depois de ter sido vacinado, juntamente com a sua esposa, Denise Nyakeru Tshisekedi.
“Por ter perdido vários parentes e familiares próximos, estou na melhor posição para testemunhar sobre a devastação causada por esta pandemia”, acrescentou.
O casal Tshisekedi foi vacinado domingo à noite, na clínica presidencial da Cité de l’Union Africaine, em Kinshasa, disse a presidência, registando o momento com fotografias.
Na ocasião, a presidência confirmou que o país já contava com “mais de 250.000 doses adicionais de vacina Moderna e aguardava pela chegada, nas próximas semanas, de vários milhares de doses de vacinas Johnson & Johnson, AstraZeneca e Pfizer”.
No início de julho, a desconfiança em relação à vacina, generalizada na RDCongo, aumentou depois de Félix Tshisekedi ter feito uma declaração sobre a vacina AstraZeneca.
“Penso que tive razão em não ser vacinado. Pedi as opiniões de outros, mas (eles) estavam divididos. Alguns tranquilizaram-me de que não havia perigo. Mas eu próprio tive dúvidas”, afirmou então à televisão estatal.
“Vêm aí outras vacinas e ver-me-ão ser vacinado”, acrescentou.
O país africano, com mais de 80 milhões de pessoas, recebeu 1,7 milhões de doses da vacina AstraZeneca, ao abrigo do consórcio Covax, mas acabou por devolver 1,3 milhões de doses devido à falta de candidatos.
Desde abril, de acordo com estatísticas oficiais, mais de 85.000 pessoas foram vacinadas na RDCongo, das quais mais de 25.000 já receberam uma segunda dose.
A covid-19 provocou pelo menos 4.627.854 mortes em todo o mundo, entre mais de 224,56 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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