"Não posso falar sobre esse assunto por uma questão de salvaguarda dos dados, mas quero dizer que a situação foi devidamente analisada e está, neste momento, garantida que não há qualquer possibilidade de infeção", disse o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
O governante falava em conferência de imprensa, no Funchal, onde apresentou um conjunto de "medidas adicionais" de contenção da pandemia de Covid-19 na região, nomeadamente a suspensão de todas as autorizações para atracagem de navios de cruzeiro e iates nos portos e marinas do arquipélago e a medição da temperatura dos passageiros nos aeroportos.
"Tanto o atleta como a sua família estão assintomáticos", indicou, por outro lado, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, vincando que a visita de Cristiano Ronaldo à mãe, hospitalizada vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), foi devidamente "controlada" pelo serviço regional de saúde e pelo próprio atleta, que se encontra na ilha desde 09 de março.
A Juventus, clube no qual alinha o português Cristiano Ronaldo, natural da Madeira, anunciou na quarta-feira o resultado positivo de Rugani, que se tornou no primeiro futebolista da ‘Serie A' infetado com o Covid-19.
O clube ativou todos os procedimentos de isolamento estabelecidos por lei e fez saber que Cristiano Ronaldo "não treinou e permanece na Madeira a aguardar desenvolvimentos relativos à atual situação de emergência de saúde".
Na Região Autónoma da Madeira, não há registo de qualquer caso de infeção por Covid-19, mas o secretário da Saúde indicou que há "quase uma centena de pessoas" que estão a ser acompanhadas de acordo com as regras previstas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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