Os 15 infetados fazem parte de um grupo de 16 imigrantes, todos de nacionalidade nepalesa, que vivem juntos na mesma habitação e trabalham também juntos na mesma exploração agrícola, explicou à agência Lusa a delegada de saúde de Alcácer do Sal, Tamara Prokopenko.
“O primeiro caso foi detetado, no passado dia 04 de novembro, no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Alcácer do Sal, quando um trabalhador apresentou sintomas e acusou positivo. Na sequência deste positivo identificámos os outros contactos e, no domingo, testámos 15 trabalhadores, dos quais 14 tiveram resultados positivos”, avançou.
O foco “está identificado” e os casos positivos “estão em confinamento obrigatório há vários dias”, indicou a delegada de saúde, que pediu o apoio da GNR “no sentido de fazer uma vigilância mais apertada ao grupo”.
“São trabalhadores que não falam inglês, nem português, o que dificulta muito a comunicação”, frisou.
A Autoridade de Saúde Pública local está em contacto com a entidade patronal “para decidir se a Medicina do Trabalho vai entrar em ação ou não”, mas está a ser orientada a resposta a dar aos restantes trabalhadores da empresa que “vivem numa outra casa”.
Além das autoridades de saúde, o grupo está a ser acompanhado pela empresa, que garante a alimentação e bens essenciais.
De acordo com a delegada de saúde de Alcácer do Sal, “nos próximos dias os testes de despiste da presença do vírus que provoca a doença covid-19 vão ser alargados a pelo menos 30 pessoas” da mesma empresa.
O concelho de Alcácer do Sal regista 30 casos ativos de covid-19, 81 casos recuperados e um óbito, de acordo com dados epidemiológicos divulgados na segunda-feira pelo município.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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