
A prisão de ventre, clinicamente designada de obstipação, ocorre quando há dor ou dificuldade para a passagem das fezes, fezes endurecidas ou uma sensação de evacuação incompleta.
Uma das principais causas da prisão de ventre é uma ingestão insuficiente de água ao longo do dia. A água, como principal componente do corpo humano (somos constituídos por cerca de 60 a 70% de água), é fundamental não só para ajudar na prisão de ventre, como também para prevenir a desidratação e os seus sintomas, por exemplo, as dores de cabeça, a irritabilidade, a insónia, o cansaço e a falta de energia.
Apesar da generalidade dos alimentos possuir água na sua constituição, a água proveniente dos alimentos não é suficiente para suprir as necessidades hídricas diárias. A recomendação é que as mulheres ingiram cerca de 1,5L de água por dia e os homens 1,9L, ou seja, entre 8 a 10 copos.
A água com gás pode ser uma aliada para atingir as necessidades hídricas diárias e, contrariamente ao que se possa pensar, não provoca prisão de ventre. Esta bebida hidrata o bolo fecal, facilitando na evacuação. Este benefício ocorre principalmente quando a água com gás é consumida em conjunto com alimentos ricos em fibras, como as hortofrutícolas e cereais integrais.
Em algumas pessoas, a água com gás pode causar desconforto abdominal, barriga inchada e gases, principalmente se consumida em excesso.
Existem dois tipos de águas com gás:
- mineral natural gasocarbónica
- água gaseificada à qual é adicionado gás carbónico de forma artificial para o efeito de efervescência.
A água mineral natural gasocarbónica é uma opção mais saudável, destacando-se a sua origem natural e riqueza nutricional em sais minerais.
De frisar que algumas águas com gás disponíveis no mercado apresentam sódio adicionado e/ou açúcar, e por isso não são recomendadas em pessoas com hipertensão arterial, diabetes ou doença renal. A leitura do rótulo torna-se fundamental nestas bebidas!
Um artigo da nutricionista Ana Rita Lemos, do Hospital Lusíadas Lisboa.
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