“Em primeiro lugar, continuar a incentivar a testagem massiva. Por isso vamos passar de quatro para seis o número de testes gratuitos por pessoa em cada mês”, adiantou António Costa, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

Segundo o chefe do executivo, a testagem quase que triplicou entre 19 de dezembro de 2020 e 19 de dezembro deste ano, conseguindo que a positividade “seja hoje menos de metade da que era há um ano”.

Relativamente à disponibilidade de testes no mercado para responder à procura que tem sido registada, António Costa adiantou que as várias entidades estão a “fazer um esforço” para garantir testes no período do Natal e de Fim de Ano.

A informação que o Governo tem é que as “diferentes entidades estão a fazer um esforço de aumentar o número de testes que são comercializados e anteciparam uma maior procura e que vai haver testes durante este período natalício e de final do ano”, referiu o primeiro-ministro.

Um total de 1.040 farmácias estão registadas para realizar testes gratuitos de uso profissional para despiste do coronavírus, assim como 454 laboratórios que também aderiram a este regime excecional e temporário de comparticipação.

O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e que se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de covid-19 e dos internamentos.

A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.812 pessoas e foram contabilizados 1.233.608 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.