A investigação concluiu também que estas vacinas da farmacêutica Pfizer, atualizadas em relação à primeira versão, diminuíram o risco de morte devido à infeção pelo coronavírus nesta faixa etária em cerca de 86%.
A investigação foi liderada pelo médico israelita Ronen Arbel, investigador do Sapir College, e publicada na Rede de Investigação em Ciências Sociais (SSRN), com base em dados da aplicação dessa vacina em Israel, país pioneiro na campanha de vacinação durante a pandemia.
Esta é a primeira avaliação em larga escala no mundo da vacina contra a covid-19 adaptada às novas variantes do vírus, avança a agência EFE.
Embora o estudo se centre nas vacinas da Pfizer, a equipa de Ronen Arbel está otimista em relação à eficácia da vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna e que utiliza tecnologia semelhante.
Arbel faz parte de um grupo de académicos cujos estudos anteriores foram consultados por decisores sobre a vacinação nos Estados Unidos da América antes da aprovação da terceira e quarta doses.
Para este estudo foram analisados os dados anonimizados de cerca de 500 mil pessoas com mais de 65 anos e feita a comparação dos indicadores de hospitalizações e óbitos entre os que receberam o reforço contra a Ómicron em setembro e os que não a tomaram.
Perante os resultados, Doron Netzer, outro dos autores do estudo, adiantou que a investigação é "encorajadora", uma vez que a vacina bivalente foi introduzida com dados limitados sobre a sua eficácia.
A vacina foi aprovada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos “num procedimento de emergência sem estudos de eficácia sobre a prevenção de doença grave. Portanto, havia incerteza no mundo sobre a sua utilidade", adiantou o especialista.
As primeiras doses destas vacinas da Pfizer adaptadas às linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron chegaram a Portugal em setembro.
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