Segundo a governante, que falava na televisão estatal, Venezuela regista agora 40.338 casos e o total de óbitos é de 337, após as oito mortes confirmadas nas últimas 24 horas.
Segundo a vice-Presidente venezuelana, o Distrito da Capital é a área onde se registou o maior número de contágios (223) nas últimas 24 horas e acrescentou que dos oito óbitos confirmados, cinco eram homens e três mulheres, todos com idades compreendidas entre os 48 e os 86 anos.
“Até hoje, na Venezuela, existem 40.338 casos da COVID-19, dos quais 8.921 estão ativos, e 31.080 recuperados (77%). Sob tratamento hospitalar estão 3.964, enquanto 4.778 encontram-se em centros de saúde, 179 em clínicas privadas”, precisou.
Segundo a vice-Presidente, até hoje foram realizados 1.706.093 testes, o que representa 56.870 exames por cada milhão de habitantes.
Delcy Rodríguez recordou que a Venezuela iniciou na segunda-feira “uma semana de flexibilização da quarentena”, segundo a fórmula venezuelana de sete dias de estrito confinamento mais sete dias de flexibilização controlada “para dinamizar a economia”.
“É muito importante manter as medidas de biossegurança e garantir juntos a saúde de todos”, frisou.
A oposição venezuelana questionou, na segunda-feira, os dados divulgados oficias, insistindo que a pandemia não está controlada e que o número de mortes era de 675, entre eles 86 médicos e outros profissionais da saúde.
“A epidemia não está controlada e (o Presidente da República, Nicolás) Maduro, de maneira improvisada e irresponsável, pretende criar uma falsa normalidade nos venezuelanos com fins eleitorais, políticos”, disse José Manuel Olivares, deputado e comissário designado pelo líder opositor Juan Guaidó para a área da saúde.
Numa conferência de imprensa virtual, Olivares, acusou o regime de “tentar ocultar” a deterioração dos hospitais.
Segundo a oposição, a cidade de Caracas e os Estados de Bolívar, Sucre, Delta Amacuro, Miranda, Monágas e Anzoátegui são as regiões “mais afetadas”, porque “não há camas disponíveis para atender os pacientes em terapia intensiva”, e nos restantes 17 Estados do país a ocupação é superior a 60%.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
A atividade económica é limitada e apenas está permitida a comercialização de produtos básicos essenciais, em horário reduzido.
Os voos nacionais e internacionais foram restringidos até 12 de setembro e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.
A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 813 mil mortos e infetou mais de 23,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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