Em conferência de imprensa, as autoridades indicaram ainda que a reabertura de 29 dos casinos corresponde a 1.800 mesas de jogo, um terço do total no território, e que os outros 12 solicitaram um prorrogamento do prazo.
Após 15 dias de encerramento, o Governo de Macau anunciou na segunda-feira que os casinos poderiam reabrir portas a partir desta quinta-feira, dando 30 dias às operadoras para voltarem à atividade.
Já a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Leong U, e o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, deram ainda conta da criação de um posto de inspeção provisório, no qual serão efetuados rastreios às pessoas que cheguem a Macau oriundas de zonas consideradas de alto risco.
O número de infetados com o coronavírus COVID-19 em Macau desceu para quatro após uma nova alta hospitalar, divulgaram na mesma conferência de imprensa os Serviços de Saúde.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sexto paciente a receber alta, continuando internadas outras quatro pessoas.
Trata-se de um homem de 66 anos, que esteve 28 dias hospitalizado, oriundo da cidade chinesa de Wuhan, onde começou o novo coronavírus que já matou mais de duas mil pessoas a nível mundial.
Dos 1.437 casos suspeitos em Macau, 1.422 foram excluídos pelas autoridades, com cinco à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento.
Nas últimas 24 horas foram efetuados 110 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 15.º dia sem novos casos no território.
As autoridades de Macau anunciaram ainda que vão começar a reabrir, gradualmente, alguns parques de lazer, mas voltaram a reiterar o apelo à população para que evite sair de casa e a concentração de pessoas, porque o combate à “epidemia ainda não terminou”.
O coronavírus COVID-19 provocou 2.004 mortos na China continental e infetou mais de 74 mil a nível mundial.
Além das vítimas mortais no continente chinês, há a registar dois mortos na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
O que são coronavírus?
São uma larga família de vírus que vivem noutros animais (por exemplo, aves, morcegos, pequenos mamíferos) e que no ser humano normalmente causam doenças respiratórias, desde uma comum constipação até a casos mais graves, como pneumonias. Os coronavírus podem transmitir-se entre animais e pessoas. A maioria das estirpes de coronavírus circulam entre animais e não chegam sequer a infetar seres humanos. Aliás, até agora, apenas seis estirpes de coronavírus entre os milhares existentes é que passaram a barreira das espécies e atingiram pessoas.
Qual o modo de transmissão?
Os animais são a fonte primária de transmissão, mas já está confirmada a transmissão entre seres humanos. Ainda não há informação suficiente sobre as formas exatas de transmissão entre humanos. O vírus parece ser transmitido por via respiratória, através da tosse ou secreções de pessoas infetadas.
O período de incubação está estimado entre dois a 12 dias, podendo ir até 14 dias. Há indicação de que pode haver transmissão do vírus mesmo antes de os sintomas se manifestarem.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas são respiratórios e podem ser comuns ou semelhantes a uma gripe: febre, tosse, dificuldade respiratória, dores musculares e cansaço. Há doentes que desenvolvem pneumonia viral e até septicemia.
Há grupos de maior risco?
Pessoas de todas as idades podem ser afetadas pelo coronavírus. Contudo, pessoas mais velhas ou com doenças crónicas (como asma ou diabetes) parecem ser mais vulneráveis a ter doença grave quando infetadas. As autoridades destacam contudo que não há ainda informações suficientes para definir as pessoas atacadas de modo mais severo.
Um estudo hoje divulgado pelo Centro Chinês de Controlo de Doenças indica que 80% dos casos da infeção são ligeiros, que apenas 4,7% são considerados críticos e que as pessoas idosas ou com problemas de saúde prévios à infeção são as que correm mais riscos.
Comentários