“Não tenho dúvida que a situação, neste momento, com o agravamento da pandemia na maioria dos países europeus e continente, nós [Madeira] temos também de redobrar as medidas profiláticas e o cuidado”, declarou Miguel Albuquerque à margem da visita que efetuou a uma das escolas do Funchal marcando o início do ano letivo para os alunos do ensino secundário.
O chefe do executivo madeirense salientou que “os dados dos últimos sete dias a nível nacional mostram que foi a pior semana desde abril (entre os dias 05 a 12)”, apontando que se registaram “3.725 novos casos só no continente”.
O governante insular sustentou que “isto é um aviso, porque o que se passou este fim de semana na zona velha [do Funchal] é uma vergonha”, apontando que estiveram “novamente, um conjunto de pessoas, uns em cima dos outros, sem máscara” a confraternizar o que “é um perigo” e uma situação “que não pode continuar”.
O responsável do Governo Regional de coligação PSD/CDS defendeu que “as pessoas têm de ser responsáveis”, realçando que em Barcelona, Itália, Canárias e Açores, o “problema foram os bares”.
“As aglomerações no fim de semana são um barril de pólvora”, vincou, argumentando serem “incompreensíveis” que as pessoas não entendam a importância de comportamentos como o uso da máscara ou do distanciamento social, mesmo quando querem “ir beber um copo”.
Falando sobre a escola que visitou, a João Gonçalves Zarco, na zona dos Barreiros, considerou ser um exemplo na forma como organizou o arranque de mais um ano escolar.
Miguel Albuquerque salientou que “as aulas presenciais são um risco” que foi assumido pelo governo madeirense, contando com “a colaboração ao nível dos professores, funcionários e encarregados de educação”.
Também enfatizou que o objetivo “manter os espaços [escolas] dentro daquilo que são os riscos calculados, seguros para os alunos e também para os professores” e foi necessário “um trabalho exaustivo, concretizado pelos executivos das escolas”.
Albuquerque referiu que o Governo da Madeira fez um investimento na ordem dos 2 ME para atribuir ‘tablets’ a todos os alunos da região, um projeto que evidencia que “a Madeira está na vanguarda a nível nacional e internacional”.
Considerando que esta é uma medida “positiva e que vai continuar”, o líder madeirense admitiu existir um atraso no concurso para a renovação de 600 computadores nas diversas escolas, devido à pandemia da covid-19.
Sobre a atribuição de máscaras aos alunos, embora exista o compromisso de facultar duas a cada aluno, é uma medida que não foi concretizada logo no início deste ano letivo, tendo o presidente do executivo enfatizado que os encarregados de educação também podem “fazer um esforço” nesta matéria.
Ainda questionado sobre o feriado do inicio de outubro que pode levar alguns professores ou alunos a sair da região, Miguel Albuquerque reforçou que “será uma situação acompanhada com cuidado”, anunciando que nesses casos, os docentes que se ausentem da Madeira serão sujeitos a dois testes de despiste porque “são fluxos potenciais de contaminação local que podem surgir”.
De acordo com os últimos dados divulgados pela autoridade regional de saúde, no domingo, a Madeira regista 49 casos ativos de covid-19, num total de 187 situações confirmadas e 138 recuperados.
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