A extensão de saúde foi “abandonada pelas entidades responsáveis”, acusa em comunicado João Dinis, membro da Assembleia da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira. Além da falta de médico, o edifício está “sem aquecimento central há mais de três meses, com os contactos desatualizados” na internet e “as bandeiras oficiais feitas em fitas à entrada”, afirma.
“Reclama-se por medidas urgentes e eficazes para resolver os problemas” de uma unidade de saúde que tem “mais de mil utentes desamparados”, segundo o autarca da CDU, antigo presidente da Junta da extinta freguesia de Vila Franca da Beira.
Na sua opinião, “verifica-se já um grande desleixo (…) por parte das entidades com responsabilidades diretas e mesmo indiretas pelo funcionamento da extensão de saúde, em Ervedal da Beira, que depende do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra.
Só que, para o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, “as competências para resolver os problemas não pertencem” à autarquia, que mandou construir o edifício que acolhe atualmente aquele serviço de cuidados de saúde primários.
“A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro tem de ter contratos de manutenção que não tem tido”, disse José Carlos Alexandrino à agência Lusa.
O autarca, que cumpre um terceiro e último mandato pelo PS, lamentou os problemas descritos pelo eleito da CDU.
“Preocupa-nos essa situação. Mas as responsabilidades não estão da parte da Câmara Municipal”, que, sublinhou, tem vindo a alertar a ARS e o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte (ACES – PIN), dirigido pelo médico Avelino Pedroso, para a necessidade de substituir os médicos em falta, tanto em Ervedal, como em Seixo e Lagares da Beira.
Após ter contactado a ARS do Centro e o ACES – PIN, a Lusa aguardava às 17:30 de terça-feira que estas entidades tomassem posição.
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