Bruxelas reconheceu em comunicado que as atividades das empresas coincidem em várias categorias de produtos de beleza e cuidado pessoal. No entanto, detalhou que a compra gerará um aumento "moderado" da cota de mercado e enfatizou a combinação das posições de mercado "limitadas" em termos gerais das empresas "nos poucos mercados afetados".
O governo do bloco também afirmou na segunda-feira ao final do dia que continuará a haver "uma série de potentes fornecedores concorrentes em todas as áreas de produtos relevantes e nos países do Espaço Económico Europeu".
A Avon é uma fabricante e fornecedora global de produtos de beleza e cuidado pessoal, principalmente mediante venda direta. A brasileira Natura também produz e fornece os mesmos tipos de produtos mundialmente e está presente no Espaço Economico Europeu com marcas como "The Body Shop" e "Aesop".
A Natura anunciou em maio que tinha chegado a um acordo para adquirir a Avon. De acordo com a Comissão Europeia, a operação foi investigada mediante o procedimento habitual de análise de fusões.
Segundo o acordo, uma nova empresa, chamada Natura & Co ou Natura Holding, será a titular das ações de Natura e Avon, cujas operações e negócios serão combinados.
Os atuais acionistas da Natura terão 76% da nova empresa, enquanto os 24% restantes estarão nas mãos dos atuais acionistas da fabricante americana. Uma vez concluída a transação, Natura & Co passará a ser o quarto maior grupo exclusivo de beleza no mundo.
Natura e Avon contarão juntas com 6,3 milhões de representantes e consultores, 3,2 mil lojas em diversos países do mundo e faturamento anual superior a 10 mil milhões de dólares.
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