O presidente do conselho de administração do CHTMAD, João Oliveira, disse à agência Lusa que o centro hospitalar “está a crescer, a diferenciar-se” e a tornar-se “mais atrativo” para os profissionais.

As acessibilidades a Vila Real melhoraram também com a abertura do Túnel do Marão, inserido na Autoestrada 4 (A4), precisamente há três anos, aproximando o litoral e esbatendo a desculpa de que é difícil chegar à região.

Com sede social em Vila Real, o CHTMAD agrega ainda os hospitais de Chaves e Lamego e foi várias vezes notícia pela falta de médicos em algumas especialidades e listas de espera elevadas.

João Oliveira disse que, entre 2015 e 2018, período que corresponde ao mandato deste conselho de administração, o CHTMAD conseguiu contratar 65 médicos, o que representou um aumento de 26% e ajudou a colmatar lacunas em algumas especialidades.

Adiantou que se verificou também um aumento de “81 prestadores de serviço” nestes três anos.

Com este reforço da equipa médica foi possível, segundo o responsável, melhorar os tempos de acesso nas urgências, aumentar a produtividade dos blocos operatórios, reduzir algumas listas de espera e tratar mais doentes.

João Oliveira referiu que o CHTMAD possui sete especialidades “mais complicadas” e nas quais os tempos de espera para primeira consulta são mais elevados, nomeadamente Urologia, Dermatologia, Pneumologia, Cirurgia Vascular, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Ortopedia.

Na Urologia o tempo de espera para a primeira consulta ultrapassa os quatro anos e a lista de espera ronda os 3.300 utentes.

Para colmatar este problema, o CHTMAD arrancou em março com consultas adicionais em dois sábados por mês respeitando os critérios de “prioridade e antiguidade”. João Oliveira ressalvou, no entanto, que os tempos de espera estão a ser cumpridos para doentes prioritários e muito prioritários.

Esta especialidade possui quatro médicos em Vila Real e, segundo o responsável, “não há especialistas de Urologia disponíveis para serem contratados”.

A Dermatologia estava no final de 2018 com 2.200 pedidos e uma espera de cerca de um ano para primeira consulta.

João Oliveira referiu que, no final do ano passado, entrou em funcionamento a nível nacional a teledermatologia, que está a ajudar a combater a lista de espera nesta especialidade.

O responsável garantiu que, nas restantes especialidades, o CHTMAD “está a cumprir os tempos máximos”, dando como exemplo a Ginecologia com 30 dias, a Medicina Interna com 60 dias, a Cardiologia com 84 dias ou a Nefrologia com 116 dias. Nesta especialidade o tempo máximo de resposta garantido é de 120 dias.