Numa nota de imprensa, o CHL pede aos utentes não urgentes para recorrerem à linha SNS 24 (808 24 24 24), disponível 24 horas para esclarecer as dúvidas e encaminhá-los, caso seja necessário.

A ida ao centro de saúde deve ser prioridade, onde poderão ser assistidos pelo seu médico de família ou assistente, ou serem observados na consulta aberta.

“Para dar resposta efetiva aos utentes que necessitam de cuidados de saúde, neste período gripal, durante a época de Ano Novo serão alargados os horários entre os dias 30 de dezembro e 02 de janeiro, nos cuidados de saúde primários, evitando a elevada afluência que se tem sentido nas urgências hospitalares”, acrescenta a nota hospitalar.

Durante este período, a maioria dos centros de saúde da região estará em funcionamento entre as 09:00 e as 13:00, registando-se nalguns polos de saúde um horário mais alargado.

Segundo o CHL, cada médico de família tem, no seu horário, períodos diários de consulta não programada destinados, preferencialmente, a situações de doença aguda dos seus utentes, como febre, tosse, vómitos, diarreia e dor.

Se a situação necessitar de cuidados hospitalares, os utentes serão encaminhados para a unidade mais próxima, onde terão prioridade de atendimento dentro do seu grau de urgência.

O CHL aconselha ainda a vacinação contra a gripe para prevenir as infeções respiratórias, assim como a higiene das mãos e a etiqueta respiratória (tossir ou espirrar para um lenço descartável ou para o antebraço).

Em caso de infeção, é aconselhado o distanciamento social e a utilização de máscara.

O Serviço de Urgência Geral do CHL “continua a ter uma percentagem muito significativa de utentes não urgentes e pouco urgentes, o que dificulta a resposta adequada aos doentes que efetivamente necessitam de cuidados de saúde”.

“A ida à Urgência sem indicação médica e em casos não urgentes propicia a acumulação de pessoas nos serviços, o que gera o aumento anormal dos tempos de espera”, adverte o CHL.

O CHL registou na terça-feira o maior número de doentes admitidos este ano em todas as suas urgências, 658 no total, reconhecendo “alguns constrangimentos” na Urgência Geral.

Numa informação enviada à agência Lusa, o CHL reconheceu “a ocorrência de alguns constrangimentos no Serviço de Urgência Geral”, nomeadamente na terça-feira, “por elevada afluência de utentes”, sobretudo “por infeções respiratórias, à semelhança do que está a acontecer noutras regiões do país”.

Segundo o CHL, a Urgência Geral “teve as suas escalas médicas asseguradas, como previsto, embora tenha apresentado períodos com dificuldades em que, devido à sobrelotação de doentes e diminuição de recursos humanos, teve limitações no seu acesso, verificadas na área médica, em períodos restritos e contidos”.

O CHL garantiu que os seus profissionais “continuam a fazer o seu melhor na prestação de cuidados” e antecipou que, “durante os próximos dias, a afluência de utentes se mantenha elevada, tendo em conta a época de frio, propícia à alta incidência de gripes e infeções respiratórias mais graves, o que pode aumentar consequentemente os tempos de espera”.

O Centro Hospitalar de Leiria integra os hospitais de Leiria, Alcobaça e Pombal, e serve uma população de cerca de 400.000 habitantes.