“O Infarmed encontra-se em contacto com o INEM, no âmbito da habitual e regular colaboração que mantém com as várias entidades. O INEM já remeteu o respetivo relatório, sendo que o Infarmed irá agora analisar a situação”, adiantou o regulador em comunicado.
Em causa está uma auditoria que apontou falhas no armazenamento de medicamentos e concluiu que o instituto não garante que todos os consumíveis estão dentro da validade, o que pode por em perigo a segurança dos doentes.
Esta auditoria interna, efetuada entre os dias 23 de maio e 07 de junho e a que a Lusa teve acesso, concluiu também que o INEM “não garante a utilização responsável e segura dos medicamentos pelos profissionais”.
Entre outras conclusões, que incluem a falta de controlo de pragas, sobretudo num dos armazéns onde são guardados consumíveis e medicação para distribuição a nível nacional, os peritos apontam o dedo à forma como os medicamentos estão guardados em alguns locais.
No armazém dos medicamentos, “o frigorífico encontrava-se sobrelotado, não cumprindo as condições ideais de armazenamento, já que não garante a circulação do ar refrigerado a todos os medicamentos devido à falta de espaço entre medicamentos”, refere o relatório da auditoria.
O INEM já garantiu que as situações apontadas na auditoria já foram ou estão a ser alvo de correção e sublinhou que se tratou de “situações pontuais”.
“As situações identificadas em auditoria realizada pelo próprio INEM já foram e/ou estão a ser alvo de correção. Trata-se de situações pontuais, numa auditoria realizada por amostragem, que não podem generalizar-se a todo o instituto”, referiu o INEM, numa resposta enviada à Lusa.
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