Escolher o exercício físico perfeito para nós torna-se difícil quando existe uma panóplia de opções por onde escolher. No entanto, se o seu objetivo é estar, simultaneamente, ativo e relaxado, olhando pela saúde das suas estruturas ósseas, então o ioga poderá ser uma alternativa a ter em consideração, tendo em conta a multiplicidade de benefícios.
Do ponto de vista ortopédico, podemos verificar que os movimentos desta prática permitem o fortalecimento dos ossos, músculos e ligamentos, auxiliando o quadro clínico de doentes que vivem com dor crónica esquelética, por exemplo, aqueles que vivem com problemas na coluna vertebral.
Por outro lado, potenciam a coordenação motora, a resistência e a flexibilidade musculares, permitindo uma maior mobilidade do corpo, que vai ter repercussões na forma como se exercem as atividades do quotidiano, devido ao aumento de resistência, flexibilidade e tonificação do corpo. Os exercícios do ioga, que envolvem o equilíbrio, agilidade, coordenação e marcha, com treino propriocetivo e atividades multifacetadas, estão recomendados para pessoas de maior idade, para melhorar e manter a forma física, e assim diminuir o risco de quedas.
O ioga é ainda associado à melhoria da saúde mental, visto que as suas técnicas potenciam a libertação de endorfinas, as hormonas responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar, concedendo uma sensação de relaxamento do sistema nervoso.
Deste modo, este exercício irá contribuir para uma mente mais ativa, com menos problemas de memória e maior concentração. Além disso, as propriedades deste treino estão associadas à melhoria do sono, que irá ter repercussões positivas no fluxo de energia ao longo do dia.
Esta atividade física tem ainda efeitos em outras questões de saúde, como é o caso da redução dos riscos cardiovasculares, nomeadamente através da diminuição da pressão arterial, da frequência cardíaca e da melhoria do perfil lipídico.
No Dia Internacional do Ioga, celebrado a 21 de junho, tome a iniciativa de experimentar esta atividade fortemente recomendada em várias especialidades médicas, como a Ortopedia e Traumatologia. No entanto, não se esqueça de envolver profissionais de saúde neste processo, já que nem todos os exercícios são sempre adequados a todas as condições clínicas.
Um artigo de opinião de Adélio Vilaça, médico ortopedista e secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT).
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