"É um processo progressivo, de forma que, aos 70 anos, os homens têm aproximadamente 30% menos de testosterona, a hormona encarregada de manter o tónus muscular, a massa óssea e a função sexual", explica Carlos Balmori, médico urologista. Outros dos sintomas mais facilmente detetáveis são a debilidade muscular, fadiga, aumento de peso e perda de cabelo, ainda assim, podem ser acompanhados de perda de massa muscular e de doenças como a osteoporose e a osteopenia.

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"O resultado deste quadro sintomático é uma perda progressiva de qualidade de vida", assegura o especialista.

Além disso, muitos homens apresentam o chamado síndrome metabólico, uma doença relacionada com o hipogonadismo que se caracteriza por sintomas como obesidade, hiperglicemia, altos níveis de ácido úrico, hipertensão e hipercolesterolemia.

Hábitos saudáveis podem minimizar efeitos

Ainda que o hipogonadismo afete a todos os homens a partir de uma determinada idade - e aqueles que tenham removido um ou ambos os testículos - há certos hábitos saudáveis que se podem adotar para minimizar os seus efeitos. "Em alguns casos, mediante uma vida sexual ativa, os níveis de testosterona podem voltar à normalidade", explica o médico.

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Neste sentido, o especialista destaca que os "controlos preventivos são muito importantes para avaliar os níveis hormonais, de glucose, colesterol e ácido úrico".

"Para queles pacientes que não podem repor esta hormona de forma natural, existem tratamentos à base de testosterona, tanto injetáveis como em gel", comenta ainda o urologista, que destaca que esta terapia de substituição hormonal não é prejudicial sempre que for supervisionada por um médico e que não se superem os níveis estabelecidos.

"É importante reforçar que se trata de um processo inerente ao avançar da idade. Um estilo de vida exigente e menos saudável poderá acelerar a manifestação destes sintomas", colmata Susana Alves, médica portuguesa especialista em Andrologia.