"[O Misau está a] reforçar a vigilância de rotina dentro do nosso país para que não possamos ter algum evento que passe despercebido", afirmou Rosa Marlene.
Os profissionais de saúde moçambicanos estão a receber formação para poderem detetar casos suspeitos de ébola, acrescentou a diretora nacional.
Segundo o Misau, as medidas de prevenção adotadas incluem maior contacto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para fazer a monitoria da evolução da doença na República Democrática do Congo (RDCongo) e nos países vizinhos.
"Normalmente, nós não falamos de ébola, porque nunca registámos casos, mas estamos a perceber que é necessário educar a todos nós sobre os sintomas, sinais e medidas a tomar para a prevenção, este é que é o papel do Misau", acrescentou Rosa Marlene.
Até aqui, foram registados dois casos de ébola fora da RDCongo, no Ruanda e no Uganda.
O surto da doença no nordeste da RDCongo foi declarado há um ano e, em 17 de julho, a OMS declarou que o surto epidémico se tinha tornado uma emergência de saúde internacional.
A OMS registou, até terça-feira, 2.687 casos, dos quais resultaram 1.811 óbitos.
Segundo a representante da OMS em Moçambique, Djamila Cabral, o ébola está concentrada na RDCongo e o risco de transmissão aos países vizinhos é considerado moderado, mas estes devem manter-se vigilantes.
"O risco é baixo, mas não é zero em nenhum lugar do mundo", concluiu a OMS.
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