Em apenas um mês, o vídeo (pode ver em baixo) já ultrapassou os 7,5 milhões de visualizações. Nas imagens, o pequeno colombiano com síndrome de Asperger explica como é viver com aquela condição. "Ter Asperger não é uma doença. Não sou louco, nem freak, nem estranho. Apenas a minha maneira de receber e processar a informação é diferente", começa por dizer Federico García Villegas.

"O Federico sentia a necessidade de se explicar, porque sentia quer era incompreendido pelos seus colegas de escola", conta a mãe, Andrea Villegas, citada pelo jornal espanhol El País.

"Primeiro, ele escreveu uma história e depois eu decidi criar um perfil nas redes sociais para falar da condição que é pouco conhecida", acrescenta.

No vídeo, a criança prossegue: "Sou uma criança como qualquer outra, com sonhos e esperanças. Só quero que me conheçam, me percebam e me ajudem a integrar-me na comunidade".

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Quem tem Síndrome de Asperger tem "os sentidos mais apurados". "Eu escuto todos os sons ao mesmo tempo. Por isso, às vezes, sinto-me em choque e sinto-me em sobrecarga. Se queres que saiba algo, conta-me com as tuas palavras. Não entendo muito bem a linguagem não verbal", explica o menino, referindo-se, por exemplo, a gestos e expressões faciais.

Andrea Villegas ajudou a gravar o vídeo - que pretendia chegar apenas a 20 colegas de escola. A mãe de Federido é a gestora da conta "Sou diferente, sou como tu", no Facebook, que acompanha o dia a dia da criança e que já serve de apoio a pais de crianças com a mesma síndrome.

Inicialmente, a ideia da mãe de Federico era partilhar o vídeo no Facebook para que os colegas do filho o pudessem ver. Porém, a mensagem chegou mais longe: Pamela Zavala, uma mãe chilena com três filhos e um marido diagnosticados com síndrome de Asperger, partilhou o vídeo, que já se tornou viral.

"Mostrei o vídeo ao meu filho de dez anos e, pela primeira vez, e ele reconheceu-se noutra pessoa", revela Pamela Zavala ao El País. "Falta tolerância e empatia com as pessoas com Asperger", critica ainda a chilena.