A injeção, que combina os medicamentos casirivimabe e imdevimabe desenvolvidos pela Regeneron com ajuda financeira do governo dos EUA, também reduziu a duração dos sintomas da doença de 14 para 10 dias no ensaio de fase III em que estiveram incluídos 4.567 participantes, informa a Roche citada por agências de notícias internacionais.
A série de testes, que se concentrou em pacientes de alto risco, avaliou os tratamentos com doses de 2.400 mg e 1.200 mg. Até ao momento, quase 25.000 pessoas já participaram nas diversas etapas dos estudos clínicos deste cocktail de fármacos.
A Roche, que está a produzir a combinação de medicamentos em fábricas da Califórnia, e a Regeneron esperam vendas em grande escala deste cocktail de anticorpos monoclonais em 2021, num negócio que deverá ascender aos 260 milhões de dólares apenas no primeiro trimestre deste ano nos Estados Unidos.
Eficaz contra novas variantes
"O número de novas infeções continua a aumentar globalmente com mais de três milhões de casos relatados na semana passada, por isso este cocktail de anticorpos pode oferecer esperança como uma potencial nova terapia para pacientes de alto risco, particularmente à luz das evidências recentes que mostram que o casirivimabe e o imdevimabe juntos mantêm atividade contra as principais variantes emergentes", disse o diretor médico da Roche, Levi Garraway.
Segundo dados da Roche e Regeneron, os laboratórios podem produzir mais de 2 milhões de doses anualmente.
Este cocktail de anticorpos monoclonais, cujos dados mostraram ter sido eficaz contra várias variantes, tem aprovação de emergência nos Estados Unidos e foi autorizado na Europa em pacientes não hospitalizados.
Donald Trump já recebeu este tratamento
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu esse tratamento quando foi infetado com COVID-19 em outubro de 2020.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.716.035 mortos no mundo, resultantes de mais de 123 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.784 pessoas dos 817.778 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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