Na sua conta na rede social Twitter, o departamento disse ter também detetado “18 casos prováveis” de Ébola e “18 mortes prováveis” da doença, que aguardavam a confirmação laboratorial.
“O Ébola espalha-se rapidamente de pessoa para pessoa e pode causar a morte num curto espaço de tempo. Contudo, é uma doença evitável”, disse a ministra da Saúde do Uganda, Jane Ruth Aceng, na sua conta do Twitter.
Aceng aconselhou os ugandeses a lavarem as mãos frequentemente com sabão e água limpa, evitar apertar as mãos e abraços, e a ir ao centro de saúde mais próximo, se mostrarem sintomas de Ébola.
Segundo a ministra, as autoridades sanitárias lançaram uma campanha de sensibilização rigorosa no distrito de Mubende (centro), o foco do surto, o que significa que, por enquanto, não há necessidade de restringir os movimentos ou impor o confinamento.
Aceng disse ainda que os trabalhadores da saúde trabalham 24 horas por dia para conter a propagação do vírus.
“Mercados, escolas e lojas permanecerão abertos. Podem enviar os vossos filhos à escola, mas permaneçam vigilantes e cooperem com as equipas de saúde no terreno”, disse Aceng no fim de semana.
O Uganda declarou um surto de Ébola em 20 de dezembro, após a confirmação de um caso no distrito de Mubende, onde um homem de 24 anos morreu devido ao vírus que provoca a doença.
As autoridades ugandesas confirmaram o caso, uma estirpe rara do Sudão, após testar uma amostra retirada do homem e após uma investigação sobre seis mortes suspeitas que ocorreram no distrito este mês.
Ao contrário da estirpe do Zaire, não existe uma vacina aprovada para esta estirpe que, não só é menos transmissível, como tem uma mortalidade mais baixa (40-100%) do que o do Zaire (70-100%).
Países como o Quénia, Tanzânia, Ruanda e Somália estão em alerta para prevenir a possível propagação do vírus.
Descoberto em 1976 na República Democrática do Congo (RDCongo)- então chamada Zaire – o Ébola é uma doença grave, frequentemente fatal, que afeta os seres humanos e outros primatas e é transmitida por contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados.
Provoca hemorragias graves e os seus primeiros sintomas são febre alta súbita, fraqueza grave, dores musculares, na cabeça e garganta, e vómitos.
O vírus devastou vários países da África Ocidental de 2014 a 2016, quando 11.300 pessoas morreram, num total superior a 28.500 casos.
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