Neste contexto, a medicina estética deve ser um meio para reforçar a autoconfiança, impactando de forma positiva não apenas a aparência, mas também o equilíbrio emocional dos pacientes. Neste âmbito, o trabalho com clientes maduros, em particular aqueles com mais de 50 anos, é particularmente gratificante. Muitos redescobrem a sua jovialidade e bem-estar através de procedimentos como bioestimuladores ou toxina botulínica. O impacto destas intervenções nas suas vidas é notável. Afinal, por que não manter uma pele saudável e luminosa aos 60 anos? Porque não recuperar a confiança em qualquer fase da vida? Não se trata de negar o envelhecimento, mas sim de escolher como queremos vivê-lo, com qualidade e equilíbrio.

O futuro reserva uma medicina que respeite a identidade de cada indivíduo e enalteça as suas características naturais. A verdadeira beleza reside na capacidade de encontrar serenidade e satisfação na sua própria imagem. Como costumo dizer aos meus pacientes: "age is just a number".

Outro aspeto importante e que já está em crescimento é a personalização dos tratamentos, com abordagens adaptadas às particularidades de cada paciente. A premissa subjacente é clara: cada intervenção deve ser concebida como um ato singular, respeitando as características e os contornos individuais. Longe de replicar uma espécie de padrão universal, a medicina estética preza pela autenticidade e identidade. O verdadeiro propósito reside em fortalecer a confiança pessoal, preservando a essência e os traços naturais de cada paciente.

Esta filosofia de intervenção discreta e natural, que cada vez mais ganha terreno, reflete um novo entendimento sobre a beleza. Hoje, o valor do médico está na sua capacidade de realçar a beleza única de cada paciente sem deixar vestígios de intervenção. Trata-se de uma abordagem que preserva a autenticidade, tal como as mudanças subtis que caracterizam o trabalho estético em Hollywood.

Gosto de recordar o meu caminho pessoal, que reflete esta transformação. Foi através da medicina estética que compreendi o impacto profundo da autoestima na vida. Durante anos,
enfrentei problemas de acne hormonal e inseguranças relacionadas com o meu nariz e sorriso gengival. A questão que constantemente me assombrava era: como poderia transmitir confiança em palco, se não me sentia bem comigo mesma? Decidi, então, investir na minha imagem. Cuidei da minha pele e realizei pequenos ajustes estéticos que impactaram significativamente a minha autoconfiança, alterando ligeiramente a minha aparência, mas também a minha perceção de mim mesma. Assim compreendi o impacto positivo que a medicina estética pode ter na vida das pessoas, ao permitir que reencontrem a sua segurança e satisfação pessoal. A missão é inequívoca: proporcionar tratamentos que promovam a naturalidade e o bem-estar, sempre com respeito absoluto pela individualidade de cada paciente. A filosofia é simples, mas disruptiva na sua essência: o melhor trabalho de um médico é aquele que não se vê.

A magia da medicina estética reside na capacidade de fortalecer a autoestima preservando, ao mesmo tempo, a essência e autenticidade de cada pessoa.