Durante a apresentação do programa das Festas de Lisboa, que decorreu na Casa do Concelho de Tomar, Carlos Moedas foi questionado sobre a projeção de 60 mil casos diários no país dentro de duas semanas, tendo sublinhado que foi dado um “salto enorme em termos científicos, com as vacinas”, e que os casos de hoje não são comparáveis com os casos registados em “outras vagas de covid”.

“O covid está a tornar-se endémico mesmo com esse número de casos. Não sou especialista, sou presidente da câmara, mas o que eu digo é que Lisboa tem de estar aberta”, afirmou.

O autarca social-democrata lembrou que “as pessoas devem proteger-se”, salientando, no entanto, que se vive um “momento diferente” daquele que já se viveu no passado. Deu como exemplo o ambiente na sala em que decorria a apresentação, onde estavam pessoas com máscara e outras sem.

Nesse sentido, lembrou que se aprendeu com a pandemia que é possível “viver com o vírus”, tendo as pessoas vacinadas.

“Podemos ter uma atividade normal. Para mim, as festas significam voltar a essa normalidade”, sublinhou, acrescentando que a sua função como presidente da câmara “é manter a cidade aberta”.

Depois, referiu, o Estado e o Governo podem “tomar medidas”, que serão “obviamente respeitadas pelo presidente do município”, mas, sublinhou, para a economia da cidade é importante que a mesma se mantenha aberta.

“No ponto em que estamos, naquilo que foi a vacinação, podemos manter essa abertura, do meu lado há essa abertura”, reiterou, lembrando que durante os dois últimos anos “o fecho da cidade teve custos muito grandes do ponto de vista da saúde mental, da vida das pessoas”.

Dois anos depois de paragem forçada devido à pandemia de covid-19, as Festas de Lisboa vão ter início em 28 de maio, com o espetáculo “O Que nos Une”, com o músico cabo-verdiano Tito Paris, e terminam em 30 de junho.