Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indicou que as águas balneares em questão têm vigilância e assistência a banhistas asseguradas por nadadores-salvadores, devendo ser estas as escolhidas pelos utilizadores.
No caso de águas superficiais (interiores, de transição ou costeiras) que não tenham sido identificadas como águas balneares, a prática balnear não é recomendada.
De acordo com a APA, durante toda a época balnear são realizadas análises para avaliar se as águas continuam aptas para o banho, garantindo assim uma maior segurança.
O número de águas balneares identificadas tem evoluído positivamente na última década, passando de 514 em 2011 para 620 em 2020.
Segundo a nota, a qualidade das águas balneares válida para 2020 foi calculada de acordo com o previsto na legislação, ou seja, com base nos resultados das análises efetuadas entre 2016 e 2019, avaliando assim a tendência observada nos últimos quatro anos, o que permite uma maior segurança na avaliação da qualidade.
Das 614 águas balneares identificadas em 2019, 97,6% apresentaram qualidade aceitável ou superior, 91,5% apresentaram qualidade excelente e apenas 0,2% evidenciaram má qualidade.
A APA salienta ainda a existência de 14 águas balneares que não foram contabilizadas em nenhuma das classes de qualidade estabelecidas, por até ao final da época balnear de 2019 ainda não possuírem uma quantidade de dados suficiente para que fosse possível proceder à sua avaliação qualitativa.
Desta forma, as 14 águas balneares foram consideradas “sem classificação”, correspondendo a 2,3% das águas balneares identificadas, e foram sujeitas a monitorização durante a época balnear de 2019, “respeitando as exigências legais e garantindo a segurança dos banhistas”.
Para que ocorra a classificação da qualidade da água balnear é necessário “um número mínimo de 16 amostras para o conjunto de quatro épocas balneares (mínimo de quatro amostras por época balnear)”.
Ou seja, na época balnear de 2019, a classificação das águas balneares tem por base pelo menos 16 amostras relativas aos anos de 2019, 2018, 2017 e 2016.
Em relação às águas balneares costeiras ou de transição em 2019, o número de águas com classificação excelente é muito elevado: 460 (95,6%). Dezasseis águas (3,3%) foram consideradas boas e duas (0,4%) obtiveram classificação aceitável.
As restantes três (0,6%) foram consideradas “sem classificação” (tendo sido sujeitas a controlo de qualidade da água, mas ainda não dispondo de um conjunto de 16 amostras).
Já para as águas balneares interiores, a avaliação de 2019 evidenciou também que o número de águas com classificação excelente é elevado - 102 (76,7%). Outras (11,3%) obtiveram classificação boa e 4 (3%) obtiveram um aceitável.
Em 2019, uma água balnear interior (0,8%) obteve classificação má, tendo sido consideradas “sem classificação” 11 (8,3%) águas balneares interiores (ou seja, apesar de sujeitas a controlo de qualidade da água, ainda não dispunham de um conjunto de 16 amostras).
A época balnear arrancou já na maioria das praias da zona sul do país, abrindo no próximo sábado na maioria das zonas balneares da região Centro.
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