Uma investigação sobre a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 na Georgia, Estados Unidos, entre 1 de dezembro de 2020 e 22 de janeiro de 2021, identificou nove surtos que envolveram 13 professores e 32 alunos num universo escolar de 2.600 alunos e 700 funcionários.

Em pelo menos quatro surtos, o primeiro caso identificado teve origem num docente. Em apenas um dos surtos o primeiro infetado terá sido um estudante. Nos restantes quatro, não foi possível identificar a infeção primária.

"Em sete surtos a transmissão entre professores e estudantes pode ter ocorrido durante sessões de instrução em pequenos grupos, nas quais os educadores trabalharam em estreita proximidade com os alunos", referem os especialistas citados pelo jornal Público.

"Os educadores desempenharam um papel importante na propagação do COVID-19 nas escolas", asseveram.

"A propagação de COVID-19 ocorreu frequentemente durante reuniões presenciais ou almoços e depois espalhou-se nas salas de aula", referiu Rochelle Walensky, diretora do CDC, em conferência de imprensa.

"As duas principais razões para a propagação de COVID-19 nestas escolas foram o distanciamento físico inadequado [muitas salas cheias não permitiam sequer o distanciamento de um metro] e a falta de adesão ao uso de máscara nas escolas", acrescentou.

Para o CDC, a vacinação dos professores pode desempenhar uma função central na prevenção da propagação do vírus nas escolas, devendo ser equacionada como uma medida adicional no âmbito da reabertura das escolas.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.474.437 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.086 pessoas dos 799.106 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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