“A requalificação do edifício é uma intervenção essencial que esperamos que tenha início em outubro e que possa estar concluída em três meses”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques (PSD).

A obra incidirá na remoção da cobertura em fibrocimento, na substituição da caixilharia, na colocação de um revestimento exterior em capoto, na instalação de um sistema de climatização e em reparações gerais no edifício do final da década de 80.

O objetivo, segundo o autarca, é “dotar as atuais instalações de melhores condições para os profissionais de saúde e para os utentes”, e em simultâneo deixar o edifício preparado para “receber no futuro a nova Unidade de Saúde Familiar, há muito desejada no concelho”.

A intervenção será feita com base num projeto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que formalizou com a Câmara de Óbidos, no distrito de Leiria, um protocolo para que o município avance com o lançamento do concurso público para a execução da obra, orçada em 280 mil euros, integralmente pagos pela autarquia.

“Atendendo à urgência da requalificação, o executivo entendeu assumir a despesa já, sem esperar por uma futura abertura de candidaturas a fundos comunitários, ainda que mais tarde o investimento possa ser candidatado e comparticipado em 85%”, explicou o presidente.

Humberto Marques disse ainda que as duas entidades estão a avaliar a possibilidade de enquanto decorrer a obra os utentes serem reencaminhados paras as restantes unidades de saúde do concelho (Amoreira, A-dos-Negros, Olho Marinho e Gaeiras), “com recurso a um sistema de transporte apropriado e evitando assim o recurso a contentores para assegurar as consultas”.

O Centro de Saúde de Óbidos funciona, segundo dados do Ministério da Saúde, com cinco médicos e sete enfermeiros, tendo, atualmente, 6.480 utentes inscritos.

A unidade é parte do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte que presta cuidados de saúde primários à população dos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, num total de cerca de 200 mil utentes e de uma área territorial de 1.052 quilómetros quadrados.