A síndrome de burnout foi pela primeira vez descrita pelo psiquiatra e psicoterapeuta americano Herbert Freudenberger, em 1974. Esta semana, a OMS classificou-o como um fenómeno relacionado com o trabalho.
Na década de 70 do século passado, Herbert Freudenberger, médico de profissão, constatou que alguns dos seus colaboradores numa clínica para toxicodependentes apresentavam, após um ano de atividade, desmotivação, queixas somáticas - como dores nas costas, problemas gastrointestinais e dores de cabeça - e problemas de humor. Para além destes sintomas, mostravam-se totalmente intolerantes a situações de stress.
"O burnout pode afetar indivíduos normais, no sentido de não terem uma depressão ou qualquer outra patologia prévia, mas pode cursar juntamente com uma depressão", alerta Fernando Almeida, médico psiquiatra.
"Em casos muito graves, o burnout pode levar ao suicídio mas, nestas situações, há invariavelmente uma concomitância de outras patologias, como a depressão, que escurece o passado, o presente e o futuro, deixando o doente sem qualquer sinal de esperança", acrescenta o especialista do Hospital Lusíadas Porto.
Segundo um estudo da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), os profissionais em maior risco de desenvolver crises de burnout (esgotamento) são os empregados de lojas e supermercados (43%), profissionais de saúde (não médicos, 39%) e quem trabalha em serviços administrativos (37%) ou em profissões ligadas ao ensino (28%).
Veja este vídeo e aprenda a identificar os sinais do burnout:
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