Helder Mota Filipe visitou hoje o Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, no distrito de Setúbal, para tentar perceber o real impacto do recente ataque informático ao hospital nas atividades que são desenvolvidas nos Serviços Farmacêuticos, desde a gestão do medicamento hospitalar às atividades clínicas junto dos utentes.
O HGO foi alvo de um ataque informático em 26 de abril.
“Tive oportunidade de me inteirar quanto aos danos deste ataque e da forma como os profissionais reagiram com muito empenho e muita proatividade para minorar o ataque, tentando recuperar informação em tudo o que é local”, disse.
Este hospital, adiantou, é altamente informatizado e houve a necessidade de transformar todos os processos em formato de papel para que os serviços continuassem a funcionar, como aconteceu com o serviço farmacêutico que, embora esteja a dar resposta a 100%, regista ainda algumas limitações.
Segundo o bastonário, os profissionais estão a trabalhar a 100% para que a resposta do serviço possa ser total.
“Nenhum hospital está livre destes ataques e é importante sublinhar a força e coragem com que reagiram a este ataque e criar uma oportunidade de aprendizagem relativamente a estas situações que, infelizmente, se poderão repetir”, disse.
Helder Mota Filipe alertou ainda para a necessidade de as soluções encontradas para gerir o ataque serem partilhadas com profissionais de outros hospitais que possam vir a ser alvo de ataques semelhantes.
No início de maio, o Hospital Garcia de Orta disse que os registos clínicos dos utentes já estavam a ser assegurados informaticamente, de uma formal gradual, em toda a unidade.
O ataque levou à ativação dos planos de contingência, sendo os registos clínicos assegurados em suporte de papel.
O ataque decorre de um ‘malware’ (‘software’ malicioso) que se propaga de forma viral, designado ‘ransomware’, e em que o “pedido de resgate” consiste numa mensagem automática gerada pelo próprio vírus.
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