"Estima-se que 70% dos afetados não o saibam", diz a Opas numa nota de imprensa, na qual assegura que a doença afeta entre 6 e 8 milhões de pessoas em México, América Central e América do Sul.
A doença de chagas ou tripanossomíase americana é uma doença causada pelo micro-organismo Trypanosoma cruzi e é transmitida às pessoas por insetos (conhecidos como barbeiros), pela transfusão de sangue ou transplante de órgãos, no consumo de alimentos contaminados e durante a gestação e parto.
Calcula-se que a longo prazo até 30% dos doentes crónicos pode desenvolver complicações, com possíveis consequências irreversíveis e crónicas para o aparelho digestivo e o coração.
Mas, quando "detetada a tempo e em fase inicial, a doença pode ser curada ou melhorar a sua evolução clínica" e "na fase crónica, o tratamento pode travar ou atrasar seu progresso", diz a Opas.
A doença é endémica em 21 países daquele continente, onde cerca de 70 milhões de pessoas vivem em risco de contrai-la.
Mais de 10.000 pessoas morrem por cada ano na região devido a complicações da doença, em comparação com cerca de 45.000 na década de 1990.
Os esforços feitos pelos países das Américas "mostram que acabar com as chagas é possível", mas "é preciso redobrar as ações para preveni-la, detetá-la, tratá-la e interromper a cadeia de transmissão", afirma no comunicado Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis da Opas, no âmbito do Dia Mundial da Doença de Chagas, que se celebra a 14 de abril.
Entre 2% e 8% das grávidas infetadas com esta doença pode transmiti-l ao bebé.
A tripanossomíase viajou das zonas rurais para as urbanas e cruzou as fronteiras da América Latina com as migrações humanas para países que desconhecem a doença.
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