A hiperidrose é uma doença que atinge 2,5% da população mundial. Pouco conhecida por este nome, caracteriza-se pelo excesso de suor nas mãos, axilas, pés ou cara.
Muitas vezes estes casos são direcionados para a consulta de clínica geral ou de dermatologia antes de vir à consulta de cirurgia torácica, explica Javier Gallego, cirurgião cardiotorácico no Hospital Lusíadas Lisboa, e especialista numa intervenção chamada simpaticectomia torácica superior bilateral, que trata a hiperidrose de forma pouco invasiva e definitiva.
"O objetivo foi simplificar a técnica que inicialmente cortava o nervo simpático e precisava de internamento no hospital. Isso por vezes provocava uma transpiração compensatória para as costas. Em vez de cortar, usamos uns clips de titânio de cinco milímetros que colocamos no nervo simpático. Para isso são feitas duas pequenas incisões no tórax de 5mm. É uma intervenção reversível, a qualquer momento podemos tirar os clips", refere o médico.
Qual o tratamento?
A anestesia é habitualmente local, com uma sedação, o que torna a recuperação mais rápida. A operação dura entre dez a quinze minutos. O doente acorda e já não está a suar. O resultado é imediato e o doente vai para casa passadas quatro horas da intervenção.
A hiperidrose é uma disfunção das glândulas sudoríparas écrinas que se manifesta de forma localizada nas mãos, axilas e pés. Para quem sofre desta disfunção, o desconforto é permanente e resulta em grandes constragimentos.
Muitas vezes é atribuída a problemas psicológicos ou ansiedade, mas na verdade está apenas relacionado com uma pequena alteração do sistema nervoso autónomo ou nervo simpático e é facilmente tratável.
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