A mu, que foi detetada pela primeira vez na Colômbia em janeiro e cuja nomenclatura científica é B.1.621, foi classificada como uma "variante de interesse" pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A EMA, embora esteja focada na variante delta altamente transmissível, também está "a investigar outras variantes que podem espalhar-se, como a lambda (identificada no Peru) e mais recentemente a mu", disse Marco Cavaleri, chefe de estratégia de vacinas do regulador europeu.
"A mu pode ser potencialmente mais preocupante, porque pode apresentar um possível risco de imunoevasão", ou seja, resistência às vacinas, disse em conferência de imprensa coletiva.
A EMA falará com os centros de pesquisa de vacinas sobre a eficácia dos imunizantes contra a variante mu.
"Mas não temos dados que mostrem que a variante mu se espalha tão amplamente ou que tem o potencial de ultrapassar a variante delta como a estirpe dominante", observou.
Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2 responsável pela COVID-19, sofrem mutações com o tempo. A maioria das modificações tem pouco ou nenhum impacto nas características do vírus.
Mas algumas mutações podem afetar a forma como se espalha, a gravidade da doença ou a eficácia dos medicamentos.
Atualmente, a OMS considera quatro variantes do SARS-CoV-2 como motivo de preocupação, incluindo a alfa (presente em 193 países) e delta (170 países). O desenvolvimento de outras cinco, incluindo a mu, está a ser analisado.
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