Um membro da Comissão de Saúde de Xangai disse hoje que os pais “compreendem totalmente os riscos para a saúde”, e ao assinarem um acordo vão poder acompanhar os seus filhos em instalações designadas pelo governo para isolamento de infetados pela covid-19.

No entanto, os pais devem usar máscara, comer separadamente, evitar partilhar objetos pessoais e “seguir rigorosamente” todos os aspetos do sistema de gestão, disse Wu Ganyu, em conferência de imprensa.

As notícias de que os pais estavam a ser separados dos seus filhos infetados provocaram fortes críticas nas redes sociais chinesas.

Xangai permanece sob bloqueio completo para combater o mais recente surto na China.

As autoridades dizem que vão decidir sobre outras medidas depois de analisar os resultados dos testes feitos a mais de 25 milhões de moradores da cidade.

A ‘capital’ financeira da China relatou 17.077 novos casos, nas últimas 24 horas, entre os quais apenas 311 têm sintomas para a doença.

A cidade exige que todos os casos positivos, incluindo assintomáticos, sejam mantidos em locais designados para observação, juntamente com os seus contactos próximos.

Os dados mais recentes elevam o total de casos em Xangai para cerca de 90.000, desde que a mais recente vaga de infeções começou, no mês passado. Nenhuma morte foi atribuída ao surto, causado pela variante altamente contagiante Ómicron.

Enquanto a taxa de vacinação da China ascende a cerca de 90%, as suas vacinas, produzidas internamente, são consideradas menos eficazes do que as vacinas de tecnologia RNA mensageiro, como as produzidas pela Pfizer-BioNTech e Moderna, que são usadas no exterior.

As taxas de vacinação entre os idosos também são muito mais baixas do que na população em geral, com apenas cerca de metade das pessoas com mais de 80 anos totalmente vacinadas.

Pequim também está a apertar as medidas restritivas, depois de 11 casos terem sido detetados na capital chinesa, nos últimos dias.

As autoridades encerraram um centro comercial e de escritórios no movimentado distrito de Wangjing e estão a exigir que quem viaja para a cidade apresente um teste para a covid-19 realizado 72 horas antes.

A China diz que vai aderir à sua política de ‘tolerância zero’ ao vírus, que implica bloqueios, testes em massa e isolamento obrigatório de todos os casos positivos e contactos próximos, apesar dos crescentes custos económicos e sociais.

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