A Food And Drug Administration (FDA), autoridade Americana que regula a segurança dos alimentos e medicamentos, continua a ser notícia pela decisão de banir queijos franceses que contêm níveis elevados da bactéria E.coli, como o Roquefort, o St. Nectaire, o Morbier e o Tomme de Savoie. Em causa está um tipo específico daquela bactéria, não-toxigénico, cuja presença «sugere falta de condições de higiene no processo de produção», explica a FDA em comunicado.
O mesmo documento explica que, após ter sido ouvida a Sociedade Americana de Queijos, os critérios dos testes inicialmente realizados foram ajustados e seis dos nove produtores contra os quais iam ser tomadas medidas regulatórias foram removidos da lista. Em causa está a utilização de métodos de produção específicos das especialidades que, segundo o regulador, não cumpre os parâmetros de segurança alimentar estabelecidos.
O recurso a leite cru e a bactérias que favorecem o processo de fabrico de terminados queijos, conferindo-lhe o sabor e as características que os distinguem, tem sido incompreendida pelas autoridades do setor. «Se bactérias como a E.coli e a listeria matam pessoas, todas as bactérias devem ser más, não é?», questionou publicamente, em setembro de 2014, fonte ligada ao processo. Uma afirmação que tem sido criticada pelos fabricantes de queijos franceses.
Esta está, contudo, longe de ser a primeira vez que a produção deste tipo de queijos está na ordem do dia. No início de 2011, o Journal of Medical Microbiology publicou um estudo que associava a ingestão de algumas versões deste alimento a infeções alimentares e doenças cardíacas. Em causa estavam «variedades da bactéria Listeria monocytogenes, bacilo normalmente encontrado no queijo e em comidas prontas», refere a investigação, realizada por três universidades norte-americanas.
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