Segundo um estudo orientado pela psicóloga social Sandra Wheatley, que teve por base uma amostra de milhares de pessoas, concluiu-se que entre as mulheres com um peso ideal para a sua altura, apenas 13% disseram sentir-se felizes quando se viam ao espelho e apenas 6% pensavam ser magras. Estes dados revelam a clara distorção que várias as mulheres têm da sua imagem corporal, bem como da íntima associação entre o peso e a auto- confiança/aprovação pelos outros.

 Já nos homens, verificou-se que as motivações para uma perda de peso baseavam-se em preocupações com a saúde, bem como com o objetivo de ficarem mais ativos.

Há que salientar que em ambas as situações, a distorção da imagem corporal pode ser prejudicial. Nas mulheres poderá originar perturbações alimentares (ex.: anorexia), enquanto que os homens acima do peso ideal e que se considerem magros, podem não perceber a necessidade de emagrecer por motivos de saúde, ou pior, ao avaliarem-se como demasiado magros, podem recorrer à toma de esteroides anabolizantes, com o intuito de obterem uma imagem corporal de um "homem forte".

Independentemente do sexo e das motivações de cada um, há que procurar obter um peso saudável para a sua constituição, segundo as classificações da Organização Mundial de Saúde, que nem sempre são correspondentes com a imagem corporal que se tem, quando se vê ao espelho. Nas situações em que existe deturpação da imagem corporal, aconselha-se obter aconselhamento médico específico ou consultar um psicólogo.

Dra. Joana Pinheiro

(nutricionista)