As pessoas com psoríase têm uma maior propensão para a diabetes do que as que não sofrem desta doença crónica de natureza autoimune que causa lesões avermelhadas na epiderme. A hiperglicemia, o excesso de açúcar no sangue, afeta as células da pele, tornando-a mais frágil, suscetível a lesões ou até mesmo a infeções por bactérias e fungos, como defendem vários estudos científicos internacionais, divulgados nos últimos anos, que equacionam essa hipótese.
De acordo com um artigo publicado no site Diabetes 365º, um novo projeto informativo que promove a literacia em diabetes e que ensina diariamente os portugueses a lidar com a doença, "a razão para as pessoas com psoríase terem um risco aumentado de vir a desenvolver diabetes está ainda por esclarecer mas, atualmente, pensa-se que os diferentes fenómenos inflamatórios que ocorrem na psoríase podem afetar a resposta do organismo humano à insulina sanguínea".
"A psoríase parece diminuir a capacidade do corpo em perceber que essa mesma insulina lá está. Se a insulina, responsável pela entrada da glicose nas células para que produzam energia, não é percebida pelo organismo, os níveis de glicemia podem aumentar para lá dos valores de referência, o que significa um risco acrescido de vir a ter diabetes", pode ler-se no mesmo artigo. Para saber o que deve fazer para combater um episódio de hiperglicemia, clique aqui.
Em 2016, um estudo científico internacional, realizado por investigadores da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, divulgado posteriormente pela publicação especializada JAMA Dermatology, associou a psoríase a pessoas com diabetes de tipo 2, com um índice de massa corporal elevado e/ou ainda com obesidade. Na Universidade da Pensilvânia, em Filadélfia, nos Estados Unidos da América, as conclusões de outra investigação apontaram no mesmo sentido.
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