Judy Perkins, de 49 anos, tinha sido diagnosticada com um cancro de mama (HER2 positivo) em estado avançado - que já tinha metastizado - quando uma terapia experimental eliminou todos os sinais da doença.
As descobertas foram divulgadas na revista científica Nature Medicine.
Com tumores do tamanho de uma bola de ténis no fígado e massas malignas secundárias disseminadas pelo corpo, esta mulher do estado da Florida conseguiu curar-se da doença no Instituto Nacional do Cancro, dos Estados Unidos da América, escreve a BBC.
O tratamento - uma imunoterapia experimental - foi produzido a partir de células da própria Judy Perkins, que foram recolhidas e tratadas em laboratório para serem reintroduzidas no seu organismo e "atacarem" o cancro.
Como? Retirando uma espécie de "travão" ao sistema imunitário que estava a impedir que o corpo de Judy respondesse ao cancro e multiplicando as células capazes de destruir os tumores.
Em entrevista à BBC, a norte-americana confessa que, uma semana depois do tratamento, começou a sentir melhorias.
"Tinha um tumor no peito e conseguia senti-lo a encolher. Demorou cerca de uma a duas semanas para desaparecer completamente", diz, recordando que a equipa médica "saltitou de empolgação" quando se apercebeu dos resultados da terapia.
Steven Rosenberg, um dos médicos do Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos, revelou à emissora britânica que o tratamento ainda está numa fase experimental e que continua em investigação.
"É o tratamento mais altamente personalizado que se pode imaginar", comentou Steven Rosenberg, chefe do serviço de cirurgia daquele instituto.
O médico adianta, porém, que têm de ser feitos mais testes, mas acredita que o tratamento possa vir a ser usado no futuro.
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