Há quem o associe apenas à prevenção da sida e à contraceção mas os benefícios do uso de preservativo não se ficam por aqui, uma vez que esta continua a ser a melhor forma de evitar e passar doenças sexualmente transmissíveis. Ainda assim, não faltam por aí homens e mulheres que o amaldiçoem. O sexólogo Pascal de Sutter, autor do livro "Désir, roman sexo-informatif", publicado em França, põe o dedo na ferida.
"O uso de preservativo nunca é algo agradável. Quem diz, sobretudo aos mais novos, que fazer sexo com é igual a fazer sexo sem está a mentir", considera mesmo o especialista, que ao longo dos anos tem consultado pessoas de todas as idades e quadrantes sociais. Ainda assim, existem formas de contornar a situação, como aponta na sua obra, "Desejo, romance sexo-informativo", em tradição literal.
1. Faça um treino individual
O uso do preservativo, apesar de quase instintivo, não deixa de exigir algum treino. Abrir a embalagem, desembrulhá-lo e colocá-lo num momento de ansiedade, sobretudo quando se está na presença de uma nova companheira, pode gerar algum stresse.
Para o evitar, o sexólogo Pascal de Sutter recomenda aos homens, principalmente na adolescência e no início da vida adulta, que se masturbem usando um preservativo. "Não é agradável mas, quando se ganha esse hábito, passa a ser um gesto intuitivo e, na presença de um companheiro, torna-se imediatamente automático", assegura o especialista.
2. Faça um treino partilhado
Se tem à vontade com a sua parceira, em vez de um treino individual, pode passar directamente para um treino partilhado. Nada adepto de comportamentos passivos durante a actividade sexual, Pascal de Sutter sugere que a mulher possa dar um ajuda ao companheiro durante o processo, masturbando-o e estimulando-o enquanto ele coloca o preservativo. Para o especialista, esta situação aproxima o casal e evita embaraços.
3. Prove antes de comprar
Muitos homens nunca pensaram no sabor que o preservativo pode deixar na boca durante uma sessão de sexo oral. "Alguns têm um gosto infame. Evite comprá-los", recomenda mesmo Pascal de Sutter. O especialista vai ao ponto de recomendar a sua prova antes da compra ou da utilização para que eles possam ver o que a parceira sofre.
A regra aplica-se também à penetração. "O sabor da borracha, do lubrificante e do espermicida ficam no pénis depois da relação sexual", sublinha o sexólogo francês. "Como muitos homens não se levam de seguida, se permanecerem na cama, o cheiro acaba por não ser dos mais românticos", critica ainda. "Mesmo químico, um cheiro perfumado é sempre mais agradável", realça também Pascal de Sutter.
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