Existem algumas armadilhas no pensamento que podem levar a uma reação exagerada em determinadas situações, sobretudo em épocas mais stressantes e em períodos de maior cansaço. Fernando Magalhães, psicólogo clínico no Centro Clínico e Educacional da Boavista, explica o que deve fazer para não sucumbir à pressão e tomar atitudes das quais se poderá vir posteriormente a arrepender. Estas são algumas das estratégias a adotar para evitar situações de confronto:
1. Acreditar que o outro deve compreender o nosso ponto de vista e aceitar aquilo que pensamos. «Na realidade, os outros, muitas vezes, não irão concordar porque têm uma experiência de vida diferente que já moldou a sua interpretação do mundo e vice-versa», defende o especialista.
2. Acreditar que há um padrão absolutamente correto e justo de comportamento que os outros devem cumprir. «Na realidade, o conceito de justiça é subjetivo e depende daquilo que espera ou precisa da outra pessoa», esclarece o psicólogo.
3. Acreditar que tem algum controlo sobre como a outra pessoa pensa ou se comporta ao insistir num tema e criar pressão para convencer a outra pessoa. «Na prática, as pessoas só mudam se elas quiserem, não porque nós o desejamos», sublinha Fernando Magalhães.
4. Sentir uma opinião contrária à nossa como um ataque pessoal ou uma intenção deliberada contra nós, que gera uma reação de defesa com raiva. «O melhor é não assumir conclusões acerca das intenções nem adivinhar o pensamento dos outros, pois é muito falível. Opiniões diferentes são apenas isso. É algo de neutro e inofensivo e não uma guerra contra nós», afirma ainda.
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