Poupar dinheiro nos consumos domésticos nem sempre é uma tarefa fácil. Afinal, há várias despesas fixas e variáveis que pode ser complicado reduzir, sem fazer algumas alterações e sem mudar os seus hábitos de consumo em diversas áreas. Contudo, a sua conta de eletricidade pode descer significativamente ao adotar as seis dicas deste artigo.

1 – Ajuste a tarifa de eletricidade e opte pelo melhor fornecedor tendo em conta as necessidades da sua família

Ter a potência e a tarifa de eletricidade mais adequadas às necessidades da sua família deve ser o primeiro passo a ter em conta se quer poupar dinheiro no fim do mês.

Por norma, as potências contratadas mais comuns no mercado de consumo doméstico variam entre os 3,43 kVa e os 6,9 kVa. Mas se a sua casa possui aparelhos eficientes e tem bons hábitos de consumo, existe a possibilidade de uma redução da potência, ficando a pagar menos de eletricidade. Contudo, tenha em conta que pode vir a ter problemas ao ligar aparelhos ao mesmo tempo, caso a potência seja muito baixa.

Em caso de dúvida, o melhor é recorrer ao simulador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), para ter a certeza de qual é a potência ideal para a sua família.

Quanto à tarifa, deve questionar-se qual é a melhor opção. Se a tarifa simples, bi-horária ou tri-horári? As diferenças entre estas três tarifas são:

  • Tarifa simples: O preço é sempre igual, independentemente da hora.
  • Tarifa bi-horária: Tem dois preços distintos. Um valor nas horas de vazio (que é mais barato) e outro valor nas horas fora de vazio (que é mais caro).
  • Tarifa tri-horária: Existem três preços diferentes. Um nas horas de vazio (valor mais baixo), outro nas horas cheias (um valor intermédio) e, por fim, um nas horas de ponta (o valor mais caro).

Antes de escolher a sua tarifa, analise bem as horas em que é feita a maior parte do consumo de eletricidade. Se este for repartido durante o dia, a tarifa simples pode compensar. Mas se este for feito em períodos específicos, a tarifa bi-horária ou tri-horária talvez sejam as melhores opções. Caso opte por uma destas tarifas, saiba que ainda tem de escolher se quer usufruir de um ciclo diário ou semanal. Consoante a sua escolha, vai ter mais ou menos horas de vazio por semana. Contudo, para analisar os períodos horários aplicados em cada tarifa, deve consultar a página da ERSE. Aproveite este simulador e veja qual o fornecedor que pratica as melhores condições para as suas necessidades atuais.

2 – Sempre que possível escolha eletrodomésticos com o melhor desempenho energético

Os eletrodomésticos com um melhor desempenho energético são mais amigos do ambiente e da sua carteira. No entanto, quanto melhor é a eficiência energética de um eletrodoméstico ou aparelho, por norma, mais caro este é.

Por isso, se está a pensar substituir um eletrodoméstico/aparelho brevemente, veja várias soluções e tenha em conta a etiqueta energética de cada um, que é apresentada numa escala de A (mais eficientes) a G (menos eficientes).

Depois, se houver dúvidas entre dois ou mais modelos, olhe para a diferença de preços, mas também para a eficiência. Quando a diferença não é muito acentuada, ao comprar um eletrodoméstico/aparelho mais eficiente, este consome menos energia. Logo, a médio/longo prazo sente a diferença na conta da eletricidade.

3 – Diga adeus às lâmpadas incandescentes em sua casa

Se ainda tem a sua casa com lâmpadas incandescentes, está na altura de despedir-se delas e trocá-las por lâmpadas LED. Em comparação, as lâmpadas LED consomem menos energia e duram mais tempo. Desta forma, se substituir todas as suas lâmpadas, consegue reduzir a sua fatura da luz.

4 – Adote bons hábitos de consumo de energia

Não é novidade que ter bons hábitos de consumo ajuda a reduzir os encargos com as faturas da água, eletricidade e gás. Por isso, nunca é de mais referir que existem pequenos gestos que podem fazer a diferença na hora de baixar a sua conta da luz. Por exemplo:

  • Sempre que sai de uma divisão não deixe as luzes ligadas;
  • Não deixe equipamentos eletrónicos em standby;
  • Use tomadas com interruptor, uma vez que pode desligá-las facilmente durante a noite ou em períodos em que os aparelhos não estão a ser usados;
  • Quando for usar a máquina de lavar roupa e/ou a máquina de lavar loiça, garanta que as mesmas estão cheias.

5 – Avalie se compensa utilizar a máquina de secar roupa

A maioria das máquinas de secar roupas são inimigas da poupança de eletricidade. Embora sejam bastante práticas quando tem muita roupa para secar, especialmente no inverno, essas utilizações vão refletir-se na sua conta da luz.

Dito isto, avalie bem se vale ou não a pena utilizar a máquina de secar roupa, pelo menos, de forma frequente. Quando não tem urgência em secar a roupa acabada de lavar, deve aproveitar o sol para reduzir o consumo de energia em sua casa.

6 – Se tiver possibilidades, melhore o isolamento térmico da sua casa

Um dos problemas mais comuns das habitações portuguesas é que são demasiadas frias no inverno e muito quentes no verão.

Embora em muitos casos se trate de um problema ao nível da estrutura, melhorar o isolamento térmico de uma casa com a instalação de janelas eficientes pode reduzir em cerca de 30% a energia consumida num imóvel. Ou seja, este investimento pode baixar significativamente a sua conta de eletricidade.

Outro ponto a ter em consideração é que, se o seu município atribuir este benefício, tem a possibilidade de ter uma redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 25%. Para isso, a classe energética da casa tem de ser igual ou superior a A ou ter uma subida de pelo menos duas classes na sequência das obras